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Preparador detalha pré-temporada do Corinthians para ano "apertado"

Walmir Cruz, preparador físico do Corinthians, conversa com Kazim - Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
Walmir Cruz, preparador físico do Corinthians, conversa com Kazim Imagem: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

01/01/2018 06h50

Passada as festas de fim de ano, o campeão brasileiro Corinthians já tem em mente os primeiros passos da temporada 2018, que promete ser ainda mais puxada do que 2017. Como é ano de Copa do Mundo, o calendário será apertado e o tempo de preparação curto. O elenco se reapresenta na próxima quarta-feira, e de cara terá cuidados especiais da preparação física. Até os jogos da Florida Cup, torneio nos Estados Unidos, serão usados como aquecedor para o Timão chegar forte nas competições.

Já na quarta-feira, o grupo começa a trabalhar em dois períodos. Será assim até o início do Campeonato Paulista, marcado para o dia 17 - o Timão estreia contra a Ponte Preta no Pacaembu. Antes, no dia 10, a equipe estreia na Florida Cup contra o PSV (HOL) e faz ainda mais um jogo no dia 13, que pode ser a final ou disputa do terceiro lugar. Esses jogos serão usados como treino. Em 2017, o Corinthians foi vice-campeão do torneio, perdendo a final nos pênaltis para o São Paulo.

"A gente não tem esse período que tivemos esse ano de dez dias para se preparar melhor. O que acarreta isso? Tempo menor, vamos precisar ter mais planejamento, para que a gente acerte nessas decisões de treinamentos, como vai ser. Recebendo atletas de outros lugares, vamos precisar ter avaliação minuciosa para eles entenderem nossa metodologia. Vamos ter pouco tempo para preparar uma equipe que estreia logo em seguida no Paulista. É ruim pelo fato de você ter de queimar etapas. Seria ótimo se tivéssemos um mês de pré-temporada para preparar melhor, fazer amistosos, os atletas que estão abaixo, você teria tempo para trabalhar. Isso é ruim. Vai ser atropelado para que a gente possa fazer uma boa base", analisou o preparador físico Walmir Cruz.

Já na quarta-feira, os jogadores terão foco na atividade física, mas logo terão o incremento da bola, para conciliar o físico e a parte técnica. Isso será reforçado nos Estados Unidos.

"A estratégia da Florida é justamente trabalhar 45 minutos cada equipe, utilizando esses jogos como treinamento, não como resultado em si. Lá na Flórida também estão previstos dois períodos, a não ser dia de jogos, que seguramos mais. Os que estiverem em melhor condição serão aproveitados na estreia do Paulista", afirma Walmir.

Para não correr o risco de receber os jogadores muito abaixo por conta das férias, o preparador físico preparou uma cartilha para os jogadores. As recomendações são individualizadas e cada um saiu sabendo exatamente o que teria de fazer para não chegar em condições muito adversas.

"O trabalho com Danilo, Pedrinho e Clayson, por exemplo, foi passado nesse período de férias que individualizamos para cada um. Eles têm toda a noção, da parte aeróbia, nutricional. Foi feito um por um para eles não chegarem totalmente zerados no dia 3. Cada atleta tem sua prescrição de exercício para que eles possam chegar bem melhor", diz o preparador.

O objetivo principal da comissão técnica do Corinthians é chegar com o elenco tinindo para a estreia na Libertadores, no fim de fevereiro, contra o Millonarios (COL). Para isso, a ideia era contar com um elenco mais amplo, para ter opções de revezamento. A diretoria tem trabalhado neste sentindo e tentou acelerar o processo no fim de ano. O atacante Júnior Dutra foi anunciado, e há acertos com o zagueiro Henrique e o volante Renê Júnior. Há negociações avançadas pelo lateral-esquerdo Danilo Avelar, e Juninho Capixaba, enquanto a diretoria ainda tenta convencer o Vitória a liberar o centroavante Trélllez. Gustavo Scarpa, meia do Fluminense, também está na mira. Enquanto isso, saíram o zagueiro Pablo, o lateral-esquerdo Guilherme Arana e o centroavante Jô, do time titular. O volante Marciel foi emprestado e outros, como o lateral-esquerdo Moisés, ainda podem ser envolvidos em negociações. A ideia era trabalhar com mais ou menos 32 atletas.