Topo

Jair se despede em nota e diz que escolheu "outro gigante como o Botafogo"

O técnico Jair Ventura se despediu do Botafogo em nota nesta sexta-feira - Vítor Silva/SSPress/Botafogo
O técnico Jair Ventura se despediu do Botafogo em nota nesta sexta-feira Imagem: Vítor Silva/SSPress/Botafogo

05/01/2018 16h19

Gratidão e promessa de retorno em breve: isso resume o discurso de despedida de Jair Ventura para o Botafogo. Agora no Santos, o técnico emitiu nota oficial nesta sexta-feira (5) para agradecer ao ex-clube.

O comandante tinha contrato com o Alvinegro até o fim de 2018, mas a proposta financeiramente interessante do Santos - aliada a algumas críticas da torcida por não conseguir repetir a vaga na Libertadores - o fez mudar de clube.

Mas não esqueceu do Glorioso, que o lançou para o futebol e é a casa onde ele completaria dez anos agora, em 2018. Jair chegou ao Botafogo em 2008, como estagiário de preparação física e foi efetivado em 2009 como quarto preparador.

A partir daí, seguiu crescendo. Virou auxiliar técnico, comandante das categorias de base e, em 2010, veio a primeira oportunidade como técnico do principal. Ao conduzir o time a uma vitória sobre o Tigres, no Carioca, ele ajudou o Botafogo ser campeão daquele estadual.

Cinco anos mais tarde, mais três partidas: agora pela Série B de 2015, outro torneio que o clube foi campeão. Apesar desses títulos, ele não ganhou nenhum pelo Botafogo entre agosto de 2016 e dezembro de 2017, quando esteve à frente do time, já como efetivado.

Mas levou o time do Z4 do Brasileirão ao G8 do continente, com vaga na Libertadores. Na Copa do Brasil, foi semifinalista. Jair comandou o time em 95 partidas. Foram 43 vitórias, 21 empates e 31 derrotas; 113 gols marcados e 90 sofridos.

Confira a nota na íntegra:

A palavra é gratidão. Obrigado ao clube, que me deu a grande chance de eu me tornar treinador. Obrigado a toda comissão técnica e jogadores, que lutaram e batalharam ao meu lado. Obrigado à torcida, nosso 12º jogador, que sempre me apoiou. O Botafogo não só me formou como profissional, mas também como pessoa. Cheguei estagiário e saí treinador.

Fico feliz de ter ajudado a formar e a revelar grandes jogadores durante esse tempo. Graças ao clube, trabalhei também na seleção de base, onde disputei dois Sul-Americanos e um Mundial, de 2010 a 2013.

Foi uma decisão muito difícil, porque não é só um clube, é como se fosse a minha casa. Não foi um tchau, mas sim um até logo. É o momento de trabalhar em outro grande centro, em outro gigante do futebol, como o Botafogo.