Topo

'Venho construindo uma história bonita na China'

07/01/2018 08h00

Um velho conhecido da torcida do Fluminense tem alguns bons motivos para estar empolgado com o ano que se inicia. Alan Douglas Borges de Carvalho, ou simplesmente Alan, que hoje defende as cores do Guangzhou Evergrande, da China, vive a expectativa de começar ser treinado por Fábio Canavarro, vencedor da Bola de Ouro de 2006, ano em que o ex-zagueiro conduziu a seleção da Itália ao tetracampeonato mundial.

- É um cara vencedor e experiente, que comandou, dentro de campo, a seleção italiana por muito tempo. Infelizmente, na primeira passagem dele, eu estava machucado e não pude ajudar. Mas estou na torcida e à disposição para dar o meu melhor em campo para conquistarmos, juntos, grandes resultados para o Guangzhou - disse Alan.

Desde 2015 atuando no futebol chinês, o atacante Alan, que marcou 18 gols em 38 partidas em 2017, falou em entrevista exclusiva ao LANCE! sobre a perspectiva de conquistar seu quarto título do campeonato chinês, sobre como foi superar grave lesão que teve logo na sua chegada - que o tirou dos gramados por mais de um ano -, além dos planos futuros, que envolvem o futebol europeu e um possível retorno para o Fluminense.

Mesmo com o alto investimento de outros clubes, o Guangzhou Evergrande chegou ao heptacampeonato chinês. Qual é o grande segredo?

Não existe muito segredo no futebol. A receita pra conquistar os títulos é composta por muito trabalho, dedicação e entrega nos treinos e nos jogos. Temos uma equipe forte, os jogadores se conhecem e se respeitam. Em campo, corremos uns pelos outros em busca do mesmo objetivo, que é ajudar o Guangzhou. Graças a Deus, venho construindo uma história muito bonita aqui na China.

Como vem sendo o planejamento para esta temporada?

Infelizmente, fomos eliminados na Champions em um duelo muito equilibrado, decidido nos detalhes. Sem dúvida, é um torneio especial que queremos muito conquistar esse ano. Mas entramos em todos os campeonatos visando conquistar o título, independentemente de qual for. O clube se habituou a isso. Nossa preparação é a cada jogo, buscando vencer todas as partidas para, no final, sermos postulantes aos títulos.

Como foi a experiência de trabalhar com Felipão? O quanto você cresceu como atleta tendo ele como técnico?

Ele é um treinador de grande gabarito, que entende muito de futebol, tanto dentro quanto fora de campo. Ter um técnico como ele, campeão do mundo, agrega muito à carreira. Nesse período que ele esteve no Guangzhou, conquistamos títulos e tenho a certeza de que o nome dele está marcado na história do clube.

Planeja voltar a atuar na Europa em algum momento?

Sabemos que o futebol é dinâmico e que as coisas acontecem muito rapidamente. Não fecho as portas para oportunidades que sejam boas para a minha carreira e para o clube, mas tenho contrato com o Guangzhou e estou muito feliz na China, com minha família bem adaptada.