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Após dois anos sem férias, Bruno Henrique inicia 2018 "descansado"

Bruno Henrique comemora após marcar pelo Palmeiras contra o Bahia - Ale Cabral/AGIF
Bruno Henrique comemora após marcar pelo Palmeiras contra o Bahia Imagem: Ale Cabral/AGIF

10/01/2018 08h00

Desde o fim de 2015 até o fim de 2017, período que passou sem tirar férias, Bruno Henrique fez 90 partidas: 40 pelo Corinthians, 33 pelo Palermo (ITA) e 17 pelo Palmeiras. Finalmente "descansado", o volante projeta um 2018 sem os altos e baixos de seus primeiros meses no Palestra Itália.

"Eu não sou de ficar falando muito nisso, até para não parecer desculpa, mas o corpo, realmente, sentiu o cansaço. Fui ao Palermo no meio da temporada aqui (agosto de 2016) e no começo de lá. No fim da temporada italiana (junho de 2017), voltei ao Brasil no meio dos campeonatos. Não é fácil, até porque o futebol italiano exige muito. Lá o ritmo é intenso e eu joguei praticamente todas as partidas. Nos últimos meses aqui acabei sentindo bastante o cansaço, o que é natural, mas agora estou descansando bem para fazer um ótimo 2018", disse o jogador de 28 anos, em entrevista ao LANCE!.

Com dinheiro da Crefisa, o Palmeiras comprou Bruno Henrique por cerca de R$ 14 milhões. O ex-corintiano chegou com o aval de Cuca, que o escalava frequentemente como titular. Foi assim, por exemplo, nas duas partidas contra o Barcelona de Guayaquil (ECU), pelas oitavas de final da Libertadores.

Mas Bruno, que já havia cometido um pênalti na derrota em casa para o Corinthians, perdeu um dos pênaltis que eliminaram o Verdão da competição continental, passou a ser criticado por parte da torcida e terminou o ano no banco - nem foi utilizado nos últimos cinco jogos com Alberto Valentim.

"Meu primeiro jogo pelo Palmeiras foi em julho e o último em novembro. Não fiz nem 20 partidas. Acredito que comecei bem, mas depois tive uma queda natural devido ao cansaço e ao longo tempo sem férias. Todo período de readaptação leva um tempo. Na Itália, o estilo de jogo é bem diferente do que praticamos no Brasil e precisei me reabituar. Acredito que comecei bem, mas depois o corpo sentiu um pouco o longo tempo sem férias e o meu rendimento caiu", analisou o atleta.

O Palmeiras não contratou nenhum volante nesta janela, mas a concorrência segue grande. Felipe Melo, Thiago Santos e Jean seguem no grupo, mas Bruno Henrique prefere enxergar isso com bons olhos.

"Nosso elenco é muito qualificado e a diretoria está trabalhando com seriedade para deixar o grupo ainda mais forte. Estou bastante animado e confiante para 2018. Os jogadores que chegaram já provaram o seu valor em outros times e irão nos ajudar demais. A torcida pode esperar um Palmeiras muito forte ano que vem".

Veja a entrevista com Bruno Henrique:

Quais são as diferenças entre jogar no Corinthians e no Palmeiras?
Bruno Henrique: São dois grandes clubes e eu evito comparar. O que posso dizer é que estou muito feliz no Palmeiras. A estrutura é de primeiro nível, a torcida é fantástica e todos me receberam muito bem.

Por que você decidiu retornar tão rápido da Itália?
Eu estava muito bem adaptado por lá e feliz no Palermo. A ideia não era voltar, mas quando chegou a proposta do Palmeiras, não pensei duas vezes. É um dos principais clubes do mundo e o projeto da diretoria é muito ambicioso. Quero fazer parte disso, ajudar o clube a conquistar os objetivos e deixar o meu nome marcado na história do Palmeiras.

Mesmo chegando no meio da temporada, você trabalhou com dois treinadores no Palmeiras. Essas trocas foram as principais responsáveis pelo ano sem títulos?
Não sei se somente as trocas foram as responsáveis pelo ano sem título. Acredito que foi um conjunto de fatores. Havia uma expectativa muito grande pela conquista da Libertadores e isso acabou atrapalhando um pouco. Tenho certeza que tanto o clube como nós, jogadores, aprendemos muito com o que passamos em 2017 e na próxima temporada voltaremos mais fortes em busca dos nossos objetivos.