Topo

Garotos dão profundidade necessária para São Paulo desencantar em 2018

25/01/2018 08h00

Aos 24 minutos do segundo tempo, torcedores presentes em Mirassol chamaram Dorival Júnior de "burro" por trocar Petros por Lucas Fernandes. Não deviam saber que o então destaque do São Paulo na partida saía por questões físicas. E nem imaginavam que aquela substituição era apenas uma das mudanças efetuadas pelo técnico que definiram a vitória por 2 a 0, a primeira do clube na temporada.

Antes mesmo da entrada de Lucas Fernandes, o treinador já tinha colocado em campo o meia-atacante Caíque, novidade no lugar de Brenner aos 17 minutos do segundo tempo e fundamental para dar mais vida ofensiva ao Tricolor. Aos 31 minutos, o atacante Paulinho, chamado na base de Paulo Boia, substituiu Shaylon e também contribuiu de forma decisiva para o resultado.

A postura tática não sofreu grandes mudanças, mas os garotos deram a profundidade que Dorival costuma pedir em todos os treinos e traçou como objetivo para o time em 2018. Caíque, pela esquerda, e Paulinho, do outro lado, apareciam como opções nas beiradas e, também, tinham mobilidade, centralizando e abrindo corredor para os laterais. Naturalmente, o time ficou mais agudo e balançou as redes.

Caíque, de 19 anos, fez mais do que Brenner, um ano mais novo, que estava com dificuldades de encontrar seu espaço diante de um Mirassol que recheou seu campo defensivo. Caíque encontrou os zagueiros cansados e tratou de correr. Teve três oportunidades de gol, entrando na área e puxando a marcação para Edimar participar mais da partida.

Paulinho ficou pela direita, procurou tabelas e, mesmo com pouco tempo para aparecer, teve boa chance em rebote e ainda acionou Militão para cruzar no lance do gol de Diego Souza. Encaixou-se perfeitamente da forma que o time precisava para se manter no ataque, mas de forma mais aguda.

Já Lucas Fernandes, cara mais conhecida da torcida e responsável até por colocar Cueva no banco durante o Brasileiro do ano passado, treinou durante a semana na posição de Petros. Se o capitão fazia a transição com velocidade até cansar, Lucas encontrou um jogo com o São Paulo já pressionando e distribuiu a bola para organizar a ocupação do campo adversário. E ainda deu a assistência para Marcos Guilherme fechar o placar.

A lição que fica da partida é que o time reserva tem entendido as orientações da comissão técnica para entrar em campo cumprindo funções que os titulares, por algum motivo, não conseguem executar com eficiência. E que, mesmo com a incessante busca por reforços, há, sim, potencial em quem vem de Cotia para ser uma solução caseira.

Veja como terminou a formação do São Paulo contra o Mirassol: