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Substituto de Hernanes? São-paulino na infância, Nenê chega profetizando

29/01/2018 18h32

Ao se despedir do São Paulo, ainda na primeira semana de janeiro, Hernanes disse levar o clube em seu sangue. Nesta segunda-feira, Nenê foi apresentado e já avisou que não só é torcedor do Tricolor desde a infância, como o Profeta, como até arriscou profecia ao ser questionado se chegava para substituir o ídolo.

- É uma responsabilidade muito grande, ainda mais como ele atuou. Mas profetizo aqui que será ano maravilhoso e darei máximo para suprir e fazer o que sei melhor - brincou o jogador, minimizando seus 36 anos de idade - assinou com o São Paulo até o final de 2019.

- Sou experiente, pressão até me motiva mais. Estou bem fisicamente, me sinto como garoto, 36 com carcaça de 27. Fico tranquilo. Gosto de responsabilidade, sempre procuro ver do lado positivo e estou muito motivado. Penso só em ajudar e fazer o que sei melhor. Não terei problema - falou, feliz por estar no time do coração.

- É a realização de um sonho. Eu era são-paulino quando criança. Claro, você joga profissionalmente e perde isso, joga contra, mas era uma coisa que eu pensava. Estou muito feliz e motivado, que possa dar o melhor de mim para essa torcida maravilhosa e esse clube importante. Espero contribuir em campo.

Questionado sobre seu pedido para sair do Vasco, que disputa as fases preliminares da Libertadores, Nenê lembrou de sua chegada ao clube carioca, em 2015, tentando evitar o rebaixamento do time naquele Brasileiro. Comparou com o momento atual do São Paulo, que brigou para não cair em 2017 e tenta retomar o caminho dos títulos - a última conquista foi a Copa Sul-Americana de 2012.

- Quando voltei ao Brasil, O Vasco passava por situação difícil e foi uma motivação a mais. São Paulo, mesmo fora da Libertadores, tem uma estrutura maravilhosa, te dá tranquilidade. Não ganha há muito tempo, mas isso é motivação para ajudar e fazer acontecer. Não sou salvador da pátria, mas vou tentar ajudar, e temos elenco muito bom, molecada muito boa. Ajudei bastante no outro clube nessa parte, e também posso ajudar nisso, com maturidade, dando confiança. Não terei problema. Cumpri minha missão, deixei Vasco onde merecia, na Libertadores. Aqui também tenho esse desafio de ajudar o time a voltar à Libertadores e conquistar títulos. Isso é muito importante.

Confira outros temas abordados por Nenê em sua apresentação:

Saída do Vasco

Realmente, não foi uma decisão fácil, foi minha casa por dois anos e meio. Sempre tive o carinho de todos, principalmente da torcida, com identificação muito grande. Eu me sentia em casa. mas, realmente, com o desafio e a grandeza do São Paulo, não tem muito o que pensar. É uma oportunidade muito boa. Agradeço ao Vasco por ter aberto as portas quando voltei ao Brasil, vieram com tudo, e isso mostrou o que posso ainda dar para o futebol no Brasil, porque muitos tinham me esquecido. Estou aqui e devo muito a eles. Foi uma coisa tranquila, sabíamos das dificuldades e foi bom para os dois lados. É uma felicidade grande resolver da melhor forma, sair pela poeta da frente, com apoio de todos, mesmo com tristeza e carinho dos torcedores. Saída muito boa, com respeito das duas partes. Fico muito feliz com esse desfecho. Agora, é cabeça só aqui, foco total no São Paulo.

Interesse antigo do São Paulo

É uma felicidade muito grande saber do interesse de um grande clube como o São Paulo, e não é de hoje. Isso é o reconhecimento do meu trabalho. Fico muito feliz e motivado para demonstrar meu futebol e ajudar, dando o máximo em campo.

Raí

Raí é um cara que, como já disse, é ídolo, referência. Contar com apoio dele e de toda diretoria e comissão, com confiança que demonstram em mim, elenco tem possibilidades grandes. Projeto de mais tempo do que no Vasco, o que é importante, como tranquilidade de trabalho. Tem a estrutura, do lado de casa, perto dos filhos. São coisas que foram somando e fiquei muito motivado e feliz. Falei com Raí por telefone, deu certo e esperamos ser felizes juntos.

Desempenho do São Paulo em 2018 até agora

Os times pequenos, fora do Brasileiro, geralmente começam a treinar em novembro. Acabamos temporada em dezembro e treinamos em janeiro. Fisicamente, mesmo se time menor não tem a mesma qualidade, faz com que equilibre muito. É normal por ser começo de temporada e estarmos em fase final de pré-temporada, pegando ritmo. É totalmente normal, não é preocupante.