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Andrés prepara mudança no estatuto 'contra' chapinhas no Corinthians

Felipe Rau/Estadão Conteúdo
Imagem: Felipe Rau/Estadão Conteúdo

07/02/2018 05h55

O presidente Andrés Sanchez prometeu e já deve começar a se mobilizar nos próximos dias para dar entrada em uma mudança no estatuto do Corinthians. O motivo: mudança no novo sistema para eleição dos conselheiros de cargos temporários, por meio das "chapinhas". O dirigente é contra o modo que foi implementado no clube com a premissa de democratizar o Conselho.

Um dos vices de André, Alexandre Husni deve apresentar uma proposta nos próximos dias para a mudança estatutária. A ideia dele é fazer a escolha dos conselheiros temporários com base na proporcionalidade de votos dos presidentes. A próxima reunião de Conselho ainda não tem data para acontecer.

No sistema implementado na última eleição, vencida por Andrés no último sábado, os sócios escolheram oito chapinhas independentes, de 25 conselheiros cada. Esses 200 membros eleitos se juntam aos vitalícios na formação do Conselho Deliberativo. Com isso, é possível dizer que Andrés terá forte oposição na gestão, já que, das oito eleitas, apenas duas chapinhas o apoiavam totalmente.

Antes, o modo de eleição dos conselheiros favorecia totalmente o presidente eleito. Ele elegia consigo o "chapão", com 200 conselheiros de seu lado. Por isso, foi feita a mudança com a tentativa de democratizar a administração.

Antes da eleição, Andrés afirmou em entrevista ao LANCE! por que era contra as chapinhas.

"Porque eu acho que cada departamento, cada grupinho, fez chapa. Tem um dono, dois donos. Se você for presidente, tiver cinco chapas contra você, como você administra o clube? Virou congresso nacional, com 24 partidos. Como faz? Tinha de ser ou proporcional ou individual. Mas a maioria quis assim, eu respeito. Mas para ano que vem vamos tentar mudar o estatuto", afirmou o dirigente, que ganhou três anos de mandato.

Andrés já começou a sentir a pressão tão logo foi eleito. Um protesto acabou virando uma grande confusão, e o presidente teve de ficar no banheiro feminino por 20 minutos para não ser agredido. Depois, ainda saiu cercado pelos seguranças e ouviu gritos de "ladrão". Agora, ele vai distribuir alguns cargos entre membros de chapinhas e propor a reforma estatutária como medidas políticas.