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Jóbson chega aos 30 anos com fim de suspensão em vista, e com futuro sendo uma incógnita

15/02/2018 14h00

Jóbson completa nesta quinta-feira 30 anos de uma trajetória acidentada no futebol. Após ganhar destaque com seus gols marcados pelo Botafogo, o atacante amarga uma trajetória longe dos gramados e cercada por polêmicas.

Revelado pelo Brasiliense, Jóbson também tivera uma passagem pelo futebol coreano antes de desembarcar por empréstimo em General Severiano no dia 22 de setembro. Logo correspondeu ao desafio de tirar o Botafogo do Z4 no BR-2009: marcou gols em partidas decisivas contra Goiás e São Paulo. E, na última rodada, foi crucial, ao anotar um dos gols na vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, que manteve a equipe na elite.

IDA FRUSTRADA PARA O CRUZEIRO E INDISCIPLINAS

A grande atuação no Brasileirão o levou a ficar à beira de um acordo com o Cruzeiro. Mas, dias depois, o negócio não se concretizou: veio o primeiro flagra no exame antidoping, por uso de cocaína e admitir dependência de uso de crack.

Após seis meses fora dos gramados, Jóbson assinou contrato de cinco anos com o Botafogo. Chegou a render bem na equipe que era liderada por Loco Abreu em 2010, mas, aos poucos, perdeu espaço. O Glorioso via que seu momento era de buscar novos ares.

A chance veio no Atlético-MG. Porém, o ciclo foi curto: depois de três meses, o atacante deixou o clube, afirmando "não se sentir feliz". Sua nova tentativa aconteceu no Bahia, e também sem sucesso: atuou em 15 partidas, e foi dispensado por constantes atrasos e indisciplinas.

CHANCE DESPERDIÇADA NO FOGÃO E PASSAGENS SEM SUCESSO

Em 2012, o Botafogo voltou a lhe estender a mão. Oswaldo de Oliveira gostava de seu futebol, e o clube condicionava sua volta ao tratamento contra dependência química. Só que os planos foram por água abaixo em poucos meses, deixando lembranças de um gol marcado e novas polêmicas, como a passagem de um Carnaval em Salvador.

Sem se recuperar, o Alvinegro carioca cedeu o atacante ao Grêmio Barueri. Só que a passagem demorou 41 dias: Jóbson pediu dispensa, afirmando que não gostava de "clube que não tem torcida".

Chegou a ter negociação frustrada com o Avaí em 2012 (não poderia jogar por três clubes no ano), e só partiu para novo destino em 2013: o São Caetano. No entanto, as polêmicas continuaram acompanhando o atacante: foi acusado de agredir sua então mulher e detido por desacato por tentar acelerar seu carro em uma blitz e ofender policiais em uma blitz em São Caetano do Sul.

ÚLTIMA PARADA NO BOTAFOGO... E SUSPENSÃO!

Ainda em 2013, partiu para o sonho árabe ao assinar com o Al Ittihad. No entanto, além de lidar com problemas salariais, o atacante não podia sair do país em função de seu passaporte estar retido no clube. Para completar, em 24 de março de 2014, Jóbson se recusou a fazer um antidoping com a camisa do clube.

Como a punição só era válida para solo saudita, o atacante desembarcou no Botafogo, mas desanimou a torcida ao desperdiçar um pênalti no revés para o Figueirense. Em 2015, seu futebol voltou a entrar nos eixos, na boa equipe que chegou à final do Campeonato Carioca. Porém, a Fifa decidiu que a suspensão do Comitê Antidoping da Arábia valia para todo o país, às vésperas do jogo de ida da decisão estadual, contra o Vasco.

PERÍODO INATIVO: PRISÕES E POLÊMICA ATÉ NO FUTEBOL AMADOR

Suspenso do futebol profissional por doping até março deste ano, Jóbson seguiu com sua luta para jogar bola acidentada por polêmicas. O atacante começou sua luta para manter a forma na várzea de Conceição do Araguaia (a 979km de Belém, capital do Pará). Mas, no campeonato amador da cidade, causou confusão em 2016, por se inscrever em dois times diferentes.

Meses depois, Jóbson ganharia as páginas policiais, ao ficar preso por sob acusação de estuprar quatro menores em uma chácara no interior no Pará. Segundo a acusação, ele entorpecia e embiragava as meninas.

O atacante foi solto mediante pagamento de fiança. Porém, em 2017, voltou a ter visibilidade pelas confusões. Primeiro, seu carro capotou em um grave acidente em Tocantins, e, além do jogador se ferir, seu cunhado não resistiu. Dentro do veículo, foram encontradas latas de cerveja e uma garrafa de uísque.

Já em um campeonato amador de Conceição do Araguaia, Jóbson aprontou. Irritado com uma dividida, o atacante agrediu um adversário e, irritado por ser expulso, deu um tapa no árbitro.

Para completar, o atacante voltou à cadeia em Colmeia (a 206km de Palmas) por duas vezes por violar as regras da prisão condicional. Segundo monitoramento eletrônico, Jóbson deixou a área estabelecida à noite pelo menos oito vezes no mês de setembro sem autorização dos policiais.

Mesmo afirmando que retornará aos gramados neste ano, quando chega ao fim sua punição imposta pela Fifa, segue a pergunta diante de tantas oportunidades frustradas: que Jóbson estará em campo?