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Dorival fica, e São Paulo já adota discurso de 'vencer ou vencer'

22/02/2018 15h51

A diretoria confirmou a tendência e deu novo voto de confiança a Dorival Júnior. A reunião realizada com o técnico, na tarde desta quinta-feira, antes do treino no CT da Barra Funda, serviu para o comandante ouvir cobranças por ajuste e real evolução do São Paulo em campo, mas ele segue no cargo para a partida contra a Ferroviária, neste domingo, no Morumbi.

A conversa entre Dorival e dirigentes é um costume dos dias seguintes aos jogos, mas, nesta quinta-feira, o tom foi mais duro. A derrota para o Ituano, nessa quarta-feira, foi a segunda seguida, e a quarta em oito rodadas do Campeonato Paulista. Ficou claro para a diretoria que a equipe, que chegou a vencer quatro seguidas recentemente, está longe de agradar e até de mostrar a evolução tão apontada pelo treinador.

Foi debatido como tem sido prejudicial a encruzilhada do técnico entre manter suas convicções táticas, aliados aos anseios de usar mais as categorias de base, e escalar os reforços trazidos pela diretoria. Raí, diretor executivo de futebol, se mostrou um dos principais motivos que seguram Dorival.

Raí não pretende mostrar que cede aos protestos de torcedores, que receberam a delegação na volta de Itu na última madrugada tendo a demissão de Dorival como principal reivindicação. O diretor ainda acredita que uma mudança no comando neste momento pode não ser benéfica.

Com o técnico garantido, o discurso virou o de vencer de qualquer forma para afastar a crise. O time treina sema presença da imprensa nesta tarde e, antes de a atividade começar, o São Paulo publicou em seu site oficial declarações de jogadores cientes de que o momento não é de pedir paciência.

- Temos de ter personalidade, não tem mais menino aqui e sabemos da pressão. Se entramos nessa situação, só nós podemos sair. O psicológico é muito importante e precisamos ter confiança. Tem de treinar a cabeça, o psicológico. Saber jogar bola a gente sabe, mas temos de mostrar para ter o torcedor ao nosso lado - disse Marcos Guilherme.