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Racha entre departamento médico e comissão técnica mexe com o PSG

02/03/2018 11h09

A fratura de Neymar expôs um problema interno no PSG. De acordo com o jornal "Le Parisien", a recuperação do brasileiro colocou frente a frente a equipe técnica, que tem Unai Emery na liderança, e o departamento médico, sob a batuta do Dr. Eric Rolland. Na edição desta sexta-feira, o periódico traz a manchete: "A lesão de Neymar revela fraturas no clube".

O "Le Parisien chegou a questionar se o craque é 'muito grande para o PSG'. Na visão do jornal, os dois lados vivem clima de desconfiança e cita o exemplo do volante Thiago Motta. O experiente jogador sofreu uma lesão no menisco direito e, a princípio, não passaria por cirurgia. Mas posteriormente foi submetido a uma artroscopia nos Estados Unidos.

Não é incomum que a comissão técnica tenha problemas com o departamento médico. Pep Guardiola já teve atritos com os profissionais da medicina quando comandava o Bayern de Munique.

O "Le Parisien", contudo, diz que "as divisões entre a unidade de esporte e a unidade médica de um clube são freqüentes, mas persistem no PSG e parecem cada vez mais violentas". O problema entre as partes, segundo o jornal, pôde ser vista no discurso do técnico Unai Emery durante a semana.

Na terça-feira, o treinador negou que Neymar precisaria de cirurgia e ressaltou que ele ainda tinha possibilidade de enfrentar o Real Madrid pela Liga dos Campeões na semana que vem. No dia seguinte, Emery voltou atrás e afirmou que havia apenas 10% de chance de o brasileiro pegar os espanhóis.

Neymar será operado pelo médico Rodrigo Lasmar, da Seleção Brasileira, neste sábado, em Belo Horizonte. Ficou constatado que ele teve, sim, uma fratura no quinto metatarso do pé direito, em vez de uma fissura. Com isso, ele deve ficar fora de ação por até três meses, voltando próximo à Copa do Mundo.