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Brasileiro comenta atos racistas em jogo na Ucrânia: 'Não vou me abater'

03/03/2018 09h00

Mais uma polêmica envolvendo racismo no futebol. O brasileiro Iury, do Zorya, disse que os torcedores do Vorskla Poltava tiveram atitudes ofensivas na partida entre as equipes, na última terça-feira, pelo Campeonato Ucraniano. O jogador marcou um golaço de bicicleta, na vitória do seu time por 3 a 0, logo em seguida e na comemoração, imitou um macaco, em protesto da torcida adversária.

Ao LANCE!, o atacante comentou os detalhes da partida: disse que o árbitro foi avisado e que ia colocar na súmula. No entanto, até o momento nenhuma providência foi tomada.

- Pouco antes do gol, em uma cobrança de escanteio, perto da torcida adversária e eles começaram a provocar, com gestos e sons de macaco. Fui falar com o árbitro e pelo que entendi ele ia colocar na súmula, mas, infelizmente, até agora não teve nada - disse o jogador.

Iury também falou que na comemoração, os torcedores responderam com mais xingamentos e gestos ofensivos. O atacante afirmou que não vai deixar essas provocações atrapalharem o seu futebol.

- Graças a Deus fiz o gol logo em seguida. Fiquei com vontade e comemorei como um macaco na frente deles. Não vou deixar isso me afetar. Quando fui lá, eles responderam com gestos ainda mais obscenos e xingamentos e eu apenas mandei um beijo - comentou.

Zorya ocupa a quarta colocação do Campeonato Turco. O próximo adversário será o Dínamo de Kiev, vice-líder, com 42 pontos, nove a mais que a equipe do brasileiro. Iury destacou a sequência do time de três vitórias seguidas, além de 13 jogos de invencibilidade.

- A expectativa é boa, estamos vindo de três vitórias. É importante continuar pontuando, como estamos fazendo nos últimos jogos. Temos que vencer para no aproximarmos deles, que estão na segunda colocação - completou o atacante.

Iury foi revelado pelo Avaí, onde atuou por três anos, até que nesta temporada acertou com o Zorya. O jogador disse se adaptou bem ao futebol ucraniano, destacando que o inverno foi o mais difícil de encarar.

- No começo não senti muita diferença. O jogo é mais pegado, no Brasil tem mais toque de bola. O problema foi no inverno, para mim. É muito frio e no começo eu senti muito, o frio aqui é um desafio - finalizou.