Após protestos, organizada do São Paulo promete apoio antes do clássico
Depois de protestar contra os maus resultados da equipe há duas semanas e pedir a demissão do técnico Dorival Júnior, a Torcida Independente - principal organizada do São Paulo - resolveu mudar de conduta e apoiar o time antes do clássico com o Palmeiras, na próxima quinta (8), no Allianz Parque. Pelas redes sociais, os torcedores planejam se reunir no CT da Barra Funda no último treino do Tricolor antes do Choque-Rei. O clube, no entanto, ainda não sinalizou se irá liberar a entrada do grupo ao centro de treinamento.
Sem vencer nem um clássico sequer nesta temporada, o São Paulo terá pela frente o Palmeiras em jogo válido pela penúltima rodada da fase de classificação do Campeonato Paulista. Por determinação da Secretaria de Segurança Pública, os torcedores do Tricolor não terão acesso à arena alviverde, assim como todas as torcidas visitantes em clássicos disputados no Estado. Impossibilitados de apoiarem seu time no clássico, a torcida decidiu demonstrar seu amor ao clube na véspera da partida.
"A fase não é das melhores, mas é nessas horas que o verdadeiro torcedor mostra seu valor, apoiando e cantando pelos seus jogadores. Vamos fazer nossa parte. Agora tem que ter garra, atitude e vontade de vencer, lutando por cada dividida e por cada lance. Seremos 25 milhões com vocês no campo. Pensem nisso e joguem por isso", diz um trecho do comunicado enviado pela Organizada aos seus sócios.
O problema, porém, é que a diretoria do clube ainda não tomou uma decisão sobre a possibilidade de abrir o treino aos torcedores. Aos jornalistas, apenas os minutos iniciais das atividades comandadas pelo técnico Dorival Júnior serão abertos. A comissão técnica, além de não querer vazar informações sobre a escalação da equipe, prefere tranquilidade para ajustar os últimos detalhes do time para o Choque-Rei.
A relação da Torcida Independente com o São Paulo havia se estreitado no ano passado diante da possibilidade de rebaixamento para a Série B do Brasileirão. Passado o susto da queda, os torcedores voltaram a criticar a gestão do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e cobraram resultados. Soma-se a isto, a invasão ao CT da Barra Funda em agosto de 2016. Na ocasião, os torcedores quebraram o portão de entrada do centro de treinamento, entraram no campo e chegaram a agredir alguns atletas.
Seja qual for a decisão da diretoria, o grupo promete se reunir com o sem aval da diretoria para entrar no CT da Barra Funda. O duelo com o Palmeiras é visto como importantíssimo para o clube e também para os torcedores. Caso sejam impossibilitados de terem acesso ao local, os gritos de incentivo virão da avenida Marquês de São Vicente.
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