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Logística, cansaço e ansiedade: a dura missão do Santos por final

25/03/2018 07h00

Em sua análise após a derrota para o Palmeiras, na noite do último sábado, no Pacaembu, Jair Ventura expressou-se de maneira lúcida. Ficou satisfeito com o volume de jogo do Santos e com as chances claras criadas pelo Peixe, mas tem uma pulguinha atrás da orelha: sabe da necessidade de converter o domínio em gols, algo que tem sido um problema para o Alvinegro. Na passagem das quartas para as semifinais do Campeonato Paulista, o time da Baixada Santista sequer marcou gol no tempo regulamentar. Além disso, serão apenas duas atividades no CT Rei Pelé, uma delas regenerativa, antes da viagem a São Paulo, para o jogo desta terça-feira, às 20h, no mesmo palco. No meio-campo, o volante Léo Cittadini, que vinha muito bem, não joga por lesão.

Ansiedade

A chamada "última bola" tem sido um problema para o Santos. O time tem se mostrado ansioso na definição das jogadas e a cada tempo de jogo passado sem gol marcado, o problema aumenta. Contra o Palmeiras, foram cinco finalizações certas e oito erradas, totalizando um aproveitamento de 38%. O problema é que nada virou gol. Contra o Botafogo, de Ribeirão Preto, no 0 a 0 na Vila Belmiro, foram dez chutes certos e 11 errados.

- Temos de traduzir as oportunidades em gols. A torcida não quer saber se a gente criou, ela quer a vitória. É ter mais eficiência para traduzir as oportunidades em gol - resumiu Jair.

Logística e cansaço

?O Santos enfrenta uma maratona de jogos. Com pouco tempo de descanso, o desgaste físico fica cada vez mais evidenciado nos atletas. Foi assim com o atacante Rodrygo, xodó da torcida. Contra o Palmeiras, o garoto de 17 não começou jogando pois havia sido diagnosticado com alta probabilidade de lesão caso jogasse os 90 minutos. Quando entrou no jogo, "incendiou", como resumiu Jair. A logística também não é das mais favoráveis: o Peixe viajou para São Paulo na sexta à noite, voltou para Santos na madrugada de sábado para domingo e retorna à capital já na segunda-feira à noite. Serão apenas duas atividades no CT Rei Pelé, apenas uma com os titulares no gramado.

Desfalque e problemas

A principal dúvida do treinador santista segue no meio-campo. Se antes o problema dos volantes parecia estar resolvido com a dupla Alison e Léo Cittadini, que chegou a atuar como um meia no 4-1-4-1 do técnico carioca, e a principal questão era no setor de armação, a dor de cabeça voltou. Léo teve uma lesão muscular diagnosticada na coxa esquerda e não estará à disposição para o jogo desta terça-feira. Em busca de um meio-campo dinâmico e eficaz, Jair deve estudar formações. Neste sábado, Diogo Vitor foi o escolhido para armar e Renato ganhou a vaga de Cittadini.

- Diogo foi titular por merecimento, pois havia feito um ótimo jogo. Quem joga melhor, vai cavando sua chance. Cittadini vivia um grande momento, foi obrigado a mudar por questão médica. O Santos é isso, garotada. Temos de equiparar o orçamento com qualquer outro time, jogar de igual para igual - ponderou o treinador.