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Árbitro acionará Justiça por conta de ofensas na semifinal do Mineiro

27/03/2018 19h25

O árbitro Igor Júnio Benevenuto, da Federação Mineira, acionará a Justiça por ofensas e insinuações durante a semifinal do Campeonato Mineiro. Em entrevista à Rádio Itatiaia, nesta terça-feira, o dono do apito declarou que entrará com ações contra o presidente do América-MG, Marcus Salum e Anderson Racilan, dirigente do clube mineiro. Além disso, o juiz ratificou que não apita mais o jogo do Coelho.

- Entrei em contato com a minha advogada, vou entrar com uma interpelação judicial contra o seu Marcus Salum, seu Anderson Racilan, para que eles possam explicar essas falas deles aí. Eles têm que provar. Se existe esse tipo de pessoa, dêem nome aos bois, como foi dito. Se existe gente safada, pilantra, ladrão, isso eu que estou falando, no meio da arbitragem, tem que tirar essas pessoas do meio - disse o árbitro à Rádio Itatiaia.

Igor ratificou que não apitará mais jogo do América-MG, por está com ação na Justiça, o que seria hipocrisia por parte dele.

- A partir do momento que eu estou com uma ação judicial contra dirigentes de uma equipe, a partir desse momento eu estou me vetando a apitar jogos do América - esclareceu.

Além disso, o árbitro rebateu às críticas feitas pelo zagueiro Rafael Lima, após declarar que Igor erra porque é fraco.

- Olha, em relação a esse cidadão, o que ele fala ou deixa de falar, não vai interferir na minha vida, não vai fazer diferença nenhuma, é uma forma de ele se expressar, do que ele acha, do que ele não acha, isso é um direito dele, ele tem todo direito de achar isso. Eu também tenho direito? Da mesma forma, faço as palavras dele as minhas, o que penso sobre ele. Acho que ele é um zagueiro horrível - rebateu.

O CASO

Antes mesmo da semifinal, o árbitro e seu auxiliar Guilherme Dias Camilo receberam queixas de dirigentes do América-MG. No momento em que a bola de Róger Guedes, do Galo, foi dada como gol legal. Já a cabeçada de Marquinhos, do Coelho, foi considerada que não ultrapassou a linha.

O presidente Marcus Salum relatou que a camisa estava pesando para o árbitro, sugerindo que Igor tivesse a intenção de favorecer o Atlético-MG. Já Racilan, do conselho de administração do clube, foi ao trio de arbitragem e chamou atitude como roubalheira.