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O trunfo: Botafogo tem 'carta na manga' caso decisão vá aos pênaltis

06/04/2018 07h05

A exercício de curiosidade: você, torcedor do Botafogo, optaria pela certeza de ir aos pênaltis antes da segunda final contra o Vasco, no domingo, ou seguiria como está, em desvantagem? É provável que a primeira opção tenha uma preferência considerável, uma vez que Gatito Fernández já provou que é decisivo e pode ser considerado um trunfo para este tipo de hipótese.

Para a decisão, agendada para as 16h (de Brasília), no Maracanã, Gatito chega com o aproveitamento de 57% de êxito em pênaltis no Botafogo. Mais precisamente, o paraguaio defendeu oito das 14 bolas da marca cal.

O surpreendente retrospecto deu início no memorável dia 22 de fevereiro de 2017, quando estava apenas na sua sexta partida pelo clube carioca. E em dose tripla. Contra o Olimpia, do Paraguai, saiu do banco de reservas para defender três cobranças e levar o Glorioso à fase de grupos da Libertadores.

À época do feito, o técnico era Jair Ventura, que fez uma curiosa revelação sobre bastidores de treinos.

- Confiança também é importante. Temos excelentes preparadores de goleiros. Claro que tem muito mérito dele (Gatito). Você vai bater, olha o Gatito.... sinto isso até no treino. Vejo isso em relação ao Jefferson também. Os caras não conseguem fazer o gol e dizem: "Mas é o Gatito, é o Jefferson". Isso facilita um pouco a minha vida - falou Jair, hoje no Santos.

O torcedor tem a paixão em seu âmago. Por mais que tenhamos levantado a possibilidade de Gatito fazer com o que o Botafogo seja favorito em uma eventual decisão por pênaltis, pesando o fator do fanatismo, entre os jogadores, a mentalidade é outra. Ao menos quanto a Brenner, referência e principal responsável por tentar deixar o time de Alberto Valentim com a necessária vantagem de mais de dois gol de diferença em prol do caneco.

- Prefiro sempre jogar com vantagem, mas ultimamente temos jogado sem. Contra o próprio Vasco já tinha que vencer, com o Flamengo... Qualquer jogador entra para vencer, não podemos fugir da nossa maneira de jogar, pra cima. Se não precisar de pênaltis, melhor - falou o camisa 9, vice-artilheiro e autor de seis gols no Carioca.