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Em coletiva, Sindicato não concorda com Palmeiras e relata ameaças

12/04/2018 14h53

O presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol (Safesp), Arthur Alves Junior, convocou uma entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, para se posicionar a respeito das polêmicas envolvendo a final do Campeonato Paulista de 2018. O Palmeiras afirma ter acontecido influência externa na decisão do árbitro de voltar atrás na marcação de um pênalti contra o Corinthians.

Na terça-feira, o clube entrou com pedido de instauração de inquérito no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo. Por meio da TV Palmeiras, o Verdão divulgou imagens exclusivas do diretor de arbitragem Dionísio Roberto Domingos, dirigindo-se até o quarto árbitro em meio à demora para decidir se seria marcado o pênalti ou não.

- Nas imagens cedidas pela Sociedade Esportiva Palmeiras, em nenhum momento nós temos uma imagem em que vimos ele dizendo algo para o assistente 1, par ao quarto árbitro, para o assistente reserva. Ele não falou nada. Se tivesse falado, na pior das hipóteses, se tivesse dito ao árbitro assistente 1, os jogadores palmeirenses teriam escutado algo. Não houve interferência externa - afirmou o presidente da Safesp.

- Ele não deveria estar ali. É preciso determinar e cumprir funções objetivas para cada pessoa que estiver no campo, assim, as polêmicas poderão ser evitadas - disse Arthur sobre o diretor de arbitragem estar no gramado.

Para Arthur Alves Júnior, a demora de oito minutos para se tomar a decisão final, aconteceu devido o barulho no estádio e pelo fato de Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, árbitro da partida, não conseguir chegar até o quarto árbitro por estar cercado pelos jogadores das duas equipes.

De acordo com o próprio presidente da Safesp, houve diversos casos de ameaças ao árbitro da partida. As mensagens ofensivas feitar por celular já foram notificadas à Secretaria de Segurança Pública e ao Paulo Castilho, promotor do Ministério Público.

- Temos gravações de ameaças de possíveis torcedores, que não são torcedores na verdade, para os árbitros. A equipe de arbitragem até gostaria de estar aqui presente, porém estão evitando sair na rua. Eles têm suas profissões, estão pedindo licença por ameaças. As famílias estão em pânico - concluiu.