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Brasileirão-2018: Chapecoense quer aprontar novamente na competição

Divulgação/Chapecoense
Imagem: Divulgação/Chapecoense

13/04/2018 07h25

Demonstrando bons números no início da temporada, a Chapecoense forma estratégia para poder surpreender novamente no Campeonato Brasileiro 2018. Ano passado, o clube passou por reformulação após tragédia de avião em 2016, o que ocasionou na morte de parte da comissão técnica e de alguns jogadores. No entanto, mesmo assim, o clube segue forte e, até o momento, a equipe catarinense teve apenas quatro derrotas em 2018. Deste modo, o time montado pelo técnico Gilson Kleina pode ter chances no Brasileirão.

Nos últimos quatro anos, em que a Chapecoense disputou a competição nacional, o clube não teve um aproveitamento de se fazer inveja, mas atuações em campo para deixar os torcedores orgulhosos. Calculado as estatísticas, o time catarinense teve 42,75% de aproveitamento nas últimas temporadas - de 2014 a 2017 - ano em que garantiu uma vaga na Copa Libertadores.

A Chapecoense fez boa campanha no Catarinense 2018, mas acabou perdendo o título na final. Em toda competição, a equipe comandada por Gilson Kleina teve apenas duas derrotas. O primeiro revés aconteceu na fase de classificação e o segundo foi na própria decisão do Estadual, ao perder por 2 a 0 para o Figueirense, que consagrou-se campeão.

No início do ano, o Verdão do Oeste participou da Libertadores, porém, não teve êxito após perder os dois jogos em que disputou contra o Nacional-URU, ainda na segunda fase. Deste modo, foi eliminado da competição, sem entrar na fase de grupos do torneio continental.

O que fez em 2018
Aproveitamento: 65,08% (12V, 5E e 4D)
Catarinense: vice-campeã
Libertadores: eliminada na fase pré-Libertadores
Copa do Brasil: entra nas oitavas de final

OPINIÃO:

O LANCE! entrou em contato com um dos setoristas do clube para analisar a situação do clube no atual momento, e o que esperar da equipe para o início do Campeonato Brasileiro. O jornalista Mateus Montemezzo, da Rádio Oeste Capital, comentou da situação momentânea da Chapecoense.

"A Chapecoense chega com moral para a disputa do Brasileirão. Mesmo perdendo o título do Catarinense para o Figueirense, mostrou na fase de pontos corridos que evoluiu consideravelmente em relação ao time do ano passado. A diretoria decidiu manter a base do grupo que conquistou a 8ª colocação em 2017 e incrementou peças importantes, como Guilherme (ex-Botafogo), Rafael Thyere (ex-Grêmio) e Bruno Pacheco (ex-Atlético-GO)",  disse o jornalista.

Além disso, o setorista do clube destacou posições em que a equipe de Chapecó precisa melhorar e os jogadores que se diferenciaram até o momento nas partidas disputadas.

"O ponto mais forte é a zaga. São cinco peças do mesmo nível: Thyere, Bareiro, Fabrício Bruno, Douglas e Luiz Otávio. Todos, quando chamados, deram conta do recado. Por conta dessa estabilidade defensiva, Jandrei chegou a 13 jogos sem tomar gols no Estadual. Ao longo das 21 partidas disputadas na temporada, foram apenas 12 gols sofridos. Já o setor que preocupa é o meio-campo de criação. Luiz Antônio e Canteros, volantes de origem, são os principais responsáveis pela armação das jogadas. Falta repertório. Consequentemente, as chances claras de gol diminuem. Mesmo assim, a diretoria da Chape aposta na permanência do argentino. Com toque refinado, já mostrou que pode desempenhar essa função. Porém, Canteros precisa de sequência: desde que chegou à Chapecó, em agosto de 2017, sofreu com três lesões", analisou.

Por fim, Matheus Montemezzo relatou as contratações finais da Chapecoense, que luta para permanecer na elite do futebol. Disse que o Verdão de Oeste busca cotas de TV para aumentar o seu orçamento.

"O ciclo de contratações de urgência para o Brasileirão foi encerrado com o retorno de Leandro Pereira, que estava no Sport. É opção para a posição que já conta com o capitão Wellington Paulista. Kleina tem em suas mãos ao menos dois jogadores por vaga. Mesmo com o elenco reforçado e tendo a melhor folha salarial de sua história, a Chape entra no quinto ano seguido de Série A com o objetivo igual ao das temporadas anteriores: permanecer na elite. E, quem sabe, aproveitar a nova divisão de cotas de TV, alcançar a primeira página da tabela, e fortalecer o orçamento anual, que atualmente gira em torno de R$ 80 milhões", completou.