Thiago Neves faz lobby por Luan, do Grêmio, e sonha com seleção
Thiago Neves tem motivos para sorrir desde que chegou a Belo Horizonte. Com atuações que o fizeram cair nas graças da torcida e dois títulos conquistados, o último na decisão contra o rival Atlético, pelo Mineiro, o meia saboreia o bom momento com as novas cores. Tudo azul, literalmente. Focado, ele muda a chave e agora traça planos para a estreia no Campeonato Brasileiro diante do Grêmio, neste sábado, às 16h, no Mineirão. O camisa 30 não terá pela frente Luan, do Grêmio, que desfalca os gaúchos. No entanto, ele fez questão de elogiar o camisa 7 e disse que gostaria de tê-lo como companheiro.
"Eu queria no meu time o Luan, do Grêmio. Uma parceria no meio com ele, ia dá muito certo", elogiou o jogador.
Thiago Neves falou também da dificuldade do Brasileirão e da sequência da Copa Libertadores. Para complementar, o atleta revelou a concentração da equipe para modificar o resultado da primeira partida da decisão com o Galo, apontou o jogador que faz a diferença na Seleção brasileira e da possibilidade de vestir a camisa amarela.
Você chegou ao Cruzeiro em 2017 e já conseguiu conquistar dois títulos (Copa do Brasil e Mineiro). Além disso, foi um dos principais jogadores na temporada passada. Acreditava que ia se adaptar tão rápido?
Thiago Neves: Eu escolhi o Cruzeiro pelo time que já tinha. Uma base já montada, e com a minha chegada iria ficar mais forte a equipe, com possibilidade de ganhar títulos, mas não imaginei que seria tão rápido, como as coisas foram acontecendo, o que me surpreendeu. Além disso, da comissão acostumada a ganhar título, facilitou.
Após a conquista do Mineiro, você provocou o Atlético-MG nas redes sociais. O que foi determinante para o título e, em relação às brincadeiras, acredita que o futebol está ficando chato neste sentido?
A gente começou a acreditar no primeiro gol, no Independência, do Arrascaeta. Ali, a gente viu que dava para ser campeão e até mesmo o Atlético-MG sentiu o baque. Se não tomam o gol, seria mais difícil para gente fazer três. Mas depois da partida, no vestiário, o grupo acreditava na vitória e foi o que aconteceu. Sobre as provocações, isso vai sempre existir. Até se o Atlético-MG ganhar ao Brasileiro, por exemplo, mas desde que seja uma coisa temporária, de um ou dois dias zoando o adversário. É uma coisa que tem que ter! Mas não pode extrapolar, puxando para o lado pessoal e faltar com respeito.
O Brasileirão começa neste fim de semana e o Cruzeiro já tem pela frente o Grêmio, no Mineirão. Em relação ao Brasileiro, a Raposa pode ir mais longe do que em 2017? Você acredita que a competição será acirrada até o fim?
Vai ser disputado como sempre foi. O Campeonato Brasileiro é difícil de jogar, é difícil de ganhar. Mas tem que ter um bom elenco, e o Cruzeiro mostrou isso no Campeonato Mineiro, no jogo de sábado. Porém, não impossível dá uma arrancada e fazer três pontos em casa sempre. Temos também uma meta de 11 ou 12 jogos positivos até a pausa para Copa do Mundo. Depois disso, fazer uma uma pré-temporada e indo para o segundo turno mais tranquilo e ser campeão.
O Cruzeiro terá de modo paralelo a disputa da Copa Libertadores, onde ainda não venceu. Nas próximas partidas, o que o time precisa melhorar para ficar mais perto da classificação no Grupo 5?
Na Libertadores, o time tem que está atento a todo momento. Nos detalhes, você perde o jogo, mas ao mesmo tempo, pode ganhar. Tem que estar pilhado, olhando para todos os lados. Atenção em bola parada, em que nós erramos muito contra o Racing e acabou perdendo por causa disso. Então, a Libertadores não tem que só brigar, tem que jogar.
Você acredita que o Cruzeiro precisa de reforços ou o time está encaixado? E, na sua opinião, qual jogador resultaria numa boa parceira com você no meio?
Para reforçar, não precisa de ninguém. O Cruzeiro tem o melhor goleiro, um dos melhores laterais, zagueiros... A gente tem tudo. Em relação ao jogador, eu queria no meu time o Luan, do Grêmio. Uma parceria no meio-campo com ele ia dar muito certo.
Com a proximidade da Copa, você ainda acredita que possa ser lembrado por Tite? E quem, na sua opinião, pode fazer a diferença para a Seleção Brasileira?
Mesmo atuando no mundo árabe, a visibilidade cai. Mas meu foco sempre foi a Seleção. E vai aparecer, porque venho jogando bem, o Cruzeiro vem bem. Daqui a pouco, o técnico vai acabar chamando jogadores do clube e espero que seja eu. Em relação ao diferencial do Brasil é o Neymar, sem dúvida, e se torna fundamental para o esquema do Tite.
Muitos jogadores têm estendido a carreira nos últimos anos, exemplos de D'Alessandro, Nenê, Danilo, Douglas, Léo Moura... Aos 33 anos, você tem planos feitos para encerrar a carreira ou pretende prolongar?
Vou aguentar o máximo possível. Eu me preparo, me cuido, e enquanto estiver aguentando, vou continuar a jogar.
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