STJD indefere pedido do Palmeiras e espera decisão do TJD-SP sobre final
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) indeferiu nesta quinta-feira o mandado de garantia do Palmeiras pelo pedido de impugnação da final do Paulista. O clube entrou com a ação para que o STJD fizesse o TJD-SP julgar seu recurso sobre uma possível interferência externa no Dérbi, mas o presidente Ronaldo Botelho Piacente argumentou ser preciso aguardar o tribunal paulista, que ainda não respondeu se irá abrir julgamento.
O Verdão foi ao STJD no dia 9 de maio, após o TJD-SP engavetar o pedido de impugnação do jogo sem julgar o mérito, alegando que o clube entrou com o processo fora do prazo - versão contestada pelo departamento jurídico palmeirense e outros juristas da área. Ao mesmo tempo, entrou com um recurso no TJD-SP, para tentar revogar a decisão.
De acordo com Piacente, essa decisão do tribunal paulista de não aceitar o pedido de impugnação não se mostra "ilegal ou abusiva". E como o recurso ainda corre na Justiça de São Paulo, é preciso que se esgotem as etapas nesta instância. Depois disso, o Palmeiras pode entrar com recurso no Pleno do STJD.
Entenda o caso
O Palmeiras realizou um vasto relatório para provar que houve inteferência externa na decisão de anular o pênalti de Ralf em Dudu, na final do Paulista, dia 8 de abril, no Allianz Parque. Foi entregue ao TJD um material com imagens, análises da Kroll, uma empresa de investigação privada, e laudos do Instituto Brasileiro de Perícia.
Além disso, o departamento jurídico alviverde baseou-se em uma decisão precedente da Fifa para anular uma partida das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006 e a análise dos conflitantes depoimentos dos árbitros daquele Dérbi, que podem, inclusive, gerar uma investigação policial. O clube pede, também, que enquanto o julgamento não acabar, a final do Paulista fique sem resultado - e consequentemente sem um campeão.
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