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Wenger lembra de buscas por CR7, Messi e Piqué para o Arsenal

Stefan Wermuth/Reuters
Imagem: Stefan Wermuth/Reuters

17/05/2018 12h02

Arsène Wenger deixou o Arsenal no último domingo, mas seu legado ficará marcado no Emirates por muito tempo. Em entrevista ao site oficial do clube, o treinador revelou que quase contratou Cristiano Ronaldo junto ao Sporting em 2003. Na ocasião, o português tinha apenas 18 anos.

"Ele estava aqui com a mãe dele e éramos muito próximos. Depois, o Manchester United chegou e eles tinham o Carlos Queiroz (técnico português) na época. O United jogou contra o Sporting, o Ronaldo arrebentou e eles contrataram", lembrou o comandante.

Wenger falou ainda sobre os valores da transferência na época. No mundo atual, o montante pago pelo Manchester United seria uma "mixaria".

"Sempre tem algo que você poderia fazer diferente, mas o problema das negociações é saber quando você deve desistir ou não. Quando estávamos oferecendo 4,5 milhões de libras, ainda estávamos negociando. Nos encontramos com o empresário Jorge Mendes em Lisboa e estávamos perto. Mas aí o United chegou com 12 milhões de libras, valor que não poderíamos igualar à época".

O Arsenal acabou faturando o título inglês naquela temporada de forma invicta. Wenger afirmou que se sente arrependido de não ter prosseguido com as negociações pelo gajo.

"Você pode imaginar como seria naquele tempo ter Henry e Ronaldo juntos. Isto certamente teria mudado um pouco a minha história por aqui".

O agora ex-treinador do Arsenal falou ainda sobre a chance de ter Messi e Piqué. O fato ocorreu quando os ingleses acertaram com Fàbregas, que ainda estava na base do Barcelona.

"A história de Fàbregas é que os olheiros trouxeram o jogador até aqui e tivemos que convencê-lo. Eu me encontrei com os pais do Cesc e, naquela época, estávamos interessados em Messi e Piqué, também. Tentamos os três, mas claro que não deu certo", disse Wenger, antes de explicar o motivo de as negociações não terem avançado:

"Não deu certo por causa dos agentes deles. Eu acho que eles estavam ligados à Nike e a marca queria que o Piqué fosse para o United. Com Messi, o Barcelona não queria perdê-lo e fizeram a proposta que era necessária para que ele ficasse. Não sei se ele estava realmente interessado, não consegui me aproximar dele para forçar um negócio porque o Barça impediu essa possibilidade muito cedo", finalizou.