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Walter revela drama pessoal e promete dieta para deslanchar em 2019

Gustavo Henrique/RCortez/Ascom CSA
Imagem: Gustavo Henrique/RCortez/Ascom CSA

18/05/2018 07h30

São cada mais raros os personagens autênticos do futebol brasileiro, poucos fogem do discurso pronto, do padrão de imagem, da preocupação com as contrapartidas da mídia, mas nem tudo está perdido enquanto Walter estiver entre nós. O centroavante, atualmente no CSA, mas revelado pelo Internacional, foge dos padrões dentro e fora de campo.

Em mais de meia hora de entrevista ao LANCE!, o jogador falou de sua carreira, de seu problema com o peso, de seus planos para o futuro e ainda revelou um drama pessoal com seu pai, que o fez trocar o Paysandu por Maceió após apenas 12 jogos pelo clube paraense.

"Meu pai está sumido desde o Carnaval. Ele saiu de casa e não deu mais notícias. Eu cacei, minha mãe está caçando, meu irmão está caçando, mas estamos deixando nas mãos de Deus. Fiquei muito assustado, por isso que eu vim para cá, para ficar mais próximo, porque se tiver alguma coisa, eu já saio correndo para Recife para tentar resolver. Minha cabeça está mal ainda, mas é colocar Deus na frente, porque vai dar tudo certo. Já pedi ajuda, já me ajudaram bastante lá em Recife, porque o foco é lá. Fico um pouco com medo de falar muito, aí alguém falar "É o pai do Walter", e pegar. Estou dando uma segurada, mas se demorar mais um pouquinho, vou pedir ajuda de novo", lamentou.

Criado no Coque, comunidade carente de Recife, Walter joga bola desde que começou a ter noção de sua existência, mas durante todo o seu crescimento, jamais imaginou que se tornaria um jogador de futebol e muito menos tinha o sonho de fazer disso sua profissão, mas sim sua recreação.

"Eu acho que eu nunca pensei em ser profissional de futebol. Eu ia porque eu gostava de ficar na rua jogando bola. Teve uma peneira no Santa Cruz, lá onde eu morava, na comunidade do Coque. Era de sub-17, sub-18, eu tinha 11 anos e falei "Meu Deus do céu, os caras são muito grandes. Será que eu vou?". Mas eu fui porque eu gostava de jogar. O treinador perguntou quantos anos eu tinha e falei que tinha 11, mas eles não acreditaram, porque eu estava no meio dos meninos de 15, 16 anos. Não é à toa que quando eu passei para o Santa Cruz, eles me colocaram no juvenil, só que eu tinha idade para o infantil. Então eu ia atrás, porque eu gostava mesmo, e a peneira foi bem perto de casa, no meu campo, onde eu conhecia, e tudo deu certo.

Da base do Santa Cruz, Walter foi para o Vitória, também para atuar nas categorias inferiores do clube baiano. Depois da experiência no Nordeste, foi a hora de partir para o Sul do país, quando as coisas começaram a ficar sérias. Primeiro atuando um ano pelo São José, de Porto Alegre. Desempenho tão bom que chamou a atenção do Internacional, onde se tornou profissional, e apareceu para o Brasil e para o mundo.

Foi no Colorado que ele teve que aprender, na marra, que o futebol havia definitivamente deixado de virar uma brincadeira e se tornado a sua profissão. Sob o comando de Tite e em grande fase após o Sul-Americano sub-20 com Seleção Brasileira, em 2009, Walter sofreu sua primeira grave lesão por querer jogar demais.

"Algumas vezes quando eu já estava no profissional, eu pedia para descer nos juniores, mas hoje eu penso "Como é que eu estava no profissional e pedia para descer?". Eu estava dando tiro no pé, dando passos para trás, mas eu queria jogar e como eu vinha do time de cima, eu arrebentava nos jogos. Era isso que eu queria. Só que eu poderia descer, jogar mal e os caras pensarem "Não consegue jogar lá, como vai jogar aqui no principal?". Mas eu não tinha essa noção, eu queria jogar. Não é á toa que teve uma vez que eu queria descer, era o Tite o treinador e eu falei "Professor, quero descer para jogar nos juniores". Foi aí que eu machuquei o meu joelho, para você ver como são as coisas. Fiquei um ano parado sem jogar", lembrou.

A lesão, porém, não limitou sua carreira. Pouco tempo depois ele foi negociado com o Porto, de Portugal, onde teve boas participações, marcando 16 gols em 31 jogos. Problemas pessoais encurtaram sua sequência na Europa, e o atacante voltou para o Brasil para atuar no Cruzeiro, depois Goiás, Fluminense, Atlético-PR, Atlético-GO, Paysandu e CSA, sempre emprestado pelo clube português, com o qual tem contrato até meados de 2019.

Embora seja conhecido por sua técnica acima da média, que lhe permite ter qualidade em praticamente todos os fundamentos como passe, lançamento e finalização, é a sua forma física que chama mais a atenção e o que mais estampa as manchetes dos veículos de imprensa.

"Falo normalmente sobre isso, não me incomodo. É uma marca minha que ficou, estou tentando acabar. Eu posso ficar magro, mas sempre vão lembrar disso. Só que nunca vão ver o Walter magro também, sempre um pouco mais cheinho, porque é meu estilo de jogo, me ajuda muito", disse o ex-Internacional antes de completar:

"Muita gente me cobra sobre o meu peso, cobra demais, mas você nunca vê o Walter machucando, é difícil eu me machucar. Lógico, eu me cuido, tenho meu problema de peso, muita gente tem, eu tenho muito problema de peso, quem me contrata sabe que eu tenho esse problema de peso, mas lesão não tenho, se deixar, eu jogo todos os jogos, por isso que meu jogo é muita garra, muita vontade, muita força, e eu sou muito isso", disse.

Mas essa imagem de um Walter mais 'cheinho', como o próprio disse, pode estar com os dias contados. Isso porque ele iniciou uma dieta para perder dez quilos em um mês, mas espera colher frutos desse esforço em 2019, quando ele espera, quem sabe, até voltar a jogar em um grande centro do futebol brasileiro. Se depender de seu empenho, é exatamente o que vai acontecer.

"Estou com um projeto muito bom para 2019, que é estar bem magro, e esperar aparecer as propostas. Anote o que eu estou te falando, vou fazer um projeto muito bom, para aparecer uma coisa muito boa, para eu trabalhar 2019 sem aquela cobrança de perder peso, porque eu sempre chego acima dos outros jogadores, e eu quero chegar igual aos meus companheiros", concluiu.

Antes disso, Walter está empenhado em ajudar o CSA a subir para a Série A do Brasileirão do ano que vem. Com 12 pontos, o time de Maceió está na terceira posição na classificação da Série B e vai até Londrina para enfrentar a equipe da casa neste sábado, às 16h30.

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA COM WALTER, ATACANTE DO CSA

Qual é a sua relação com o futebol?
O futebol é a coisa que eu tenho na minha vida. É o que eu sei fazer, é um dom, com seis ou sete anos já jogava bola. Jogo porque é um prazer jogar futebol, me sinto feliz jogando futebol.

Você parece estar sempre buscando uma melhor condição para jogar futebol...

Lógico, você tem que buscar um algo para sentir um gosto melhor. Eu vim para cá para o CSA, um time que estava sumido no mercado, nem divisão tinha e hoje está na Série B. É um projeto muito bom, projeto muito grande. Eu estava muito bem no Paysandu, mas eu quis topar esse projeto, porque eu posso crescer junto com eles.

Eles acabaram de subir para a Série B...

Eles já vieram da Série D, aí subiram para a Série C, foram campeões, e hoje estão na B, com um projeto muito grande, é um clube grande aqui, um torcedor apaixonado, torcida enorme e eu só tenho a agradecer porque por onde eu passo, a torcida é muito grande, lá no Paysandu a torcida era louca também.

Você realmente passou por alguns clubes de grande torcida...

Acho que o único time com menos torcida que eu passei foi o Atlético-GO, mas os outros, todos com torcida louca.

Acha que o Inter foi o momento que as coisas mudaram na sua vida?

Mudou um pouco, porque é um clube grande do Brasil, quando eu cheguei lá eles haviam acabado de ganhar o Mundial, fiquei lá até 2010, faço parte do grupo campeão da Libertadores. Lógico que não fiquei até o final, porque tive que ir embora para Portugal antes, havia sido vendido no meio do ano, teve a parada para a Copa, e a semifinal ficou para depois. Joguei todos os jogos, só não joguei a semifinal e a final.

A saída para o Porto foi com o seu consentimento?

Foi, teve até uma briga muito grande para eu não, por isso que muita gente fala que eu saí meio brigado no Inter, mas não foi assim. Eu bati o pé, querendo ou não, eu não ganhava um salário muito bom, eu vinha jogando e o Porto trouxe uma proposta muito boa para mim, mas o Inter não queria me liberar e eu falei "Tem que ir, tem que ir, tem que ir". Graças a Deus deu tudo certo, eu fui para Portugal. Muita gente acha que eu saí brigado, mas o Inter ganhou 3,5 milhões de euros com a minha venda.

O Porto parece ter uma confiança grande em você...

Tenho contrato com eles até o meio do ano que vem, eles confiam sim, têm muita esperança em mim. O Porto já ganhou muito dinheiro comigo, e não gastou um centavo. Como eu voltei ao Brasil em 2012, o Cruzeiro pagou o empréstimo. Em 2013 eu fui muito bem e fui para o Fluminense em 2014, eles pagaram quase dois milhões de reais por 25% dos meus direitos. Depois fui para o Atlético-PR, que pagou quase dois milhões de reais também, por 25% dos meus direitos. O Goiás pagou 1,5 milhão em 2016, ou seja, se juntar todos esses valores, já cobriu o que eles pagaram para me contratar, além de eles nunca terem pagado o meu salário nesses empréstimos. Tem que confiar mesmo, não estão pagando nada e ainda tem lucro.

O que você aprendeu jogando no Porto?

Lá no Porto eu aprendi demais, aprendi o jeito de jogar lá fora, porque aqui no Brasil é outro estilo, lá na Europa é totalmente diferente, eu falo por mim, por ser atacante. Aqui no Brasil a gente tem o costume de sair da área, buscar a bola no meio-campo, abrir, ou seja, o atacante tem que estar sempre tocando na bola. Lá no Porto eu cheguei fazendo isso, e chegavam três, quatro em cima de mim, quase me atropelavam. Aí eu vi o Falcao Garcia jogar e ele tocava meia vez na bola, só lá dentro da área. Aí no jogo era bola no Falcao e "toma", gol. Ele tocava três vezes na bola, duas ele fazia, uma era quase. Por isso que precisa estar muito concentrado. Se você pegar o jogo deles, o camisa 9 vai ficar meio sumido e do nada ele vai fazer o gol, porque se ele segurar muito a bola, vem três ou quatro em cima dele atropelando. Aqui no Brasil você tem tempo para parar, escolher, olhar, mas está longe do gol. Lá você tem que estar muito perto da área, porque toda hora vem aquelas bolas rasteiras no bico da área, e você tem que estar bem preparado para finalizar. Eu fiz 16 gols no Porto em 31 jogos, eu acho que eu tenho só um gol de fora da área, por circunstâncias do momento, mas outros todos dentro da área, é uma coisa absurda. Tudo um toque só.

Sua passagem pelo Porto foi muito boa. Por que saiu?

Foi sim, eu saí do Porto quando o Falcao foi vendido, os caras falavam que seria a hora do Walter. Comecei bem a temporada, fiz três em um amistoso, só que eu machuquei o tornozelo, nunca tinha machucado. Eles tiveram que contratar o Kléber, que chegou fazendo gols e eu fiquei um pouco para trás, perdi espaço. Aí na mesma época minha filha nasceu prematura, eu fiquei com a cabeça ruim, meu futebol começou a cair, depois meu futebol começou a crescer, depois caiu de novo. Aí eu falei "Sabe de uma coisa? Vou voltar para o Brasil, vou cuidar da minha filha". Eles me perguntaram o que eu queria fazer, mas eles não queriam me liberar. Eu que bati no peito e pedi para sair. Eles me perguntavam o que poderiam fazer para me ajudar, e eu que falei que queria voltar para o Brasil, que queria cuidar da minha filha. Foi isso o que aconteceu, não foi o Porto que mandou o Walter embora. Eu estava em um momento muito bom lá, meu apelido era 'Bigorna', que significa uma coisa muito pesada, que não derrubam. Eu tinha música, se você for lá no Porto, você vai ver que não é todo jogador que tem música, são só alguns jogadores. Eu só posso agradecer.

Qual foi a melhor fase da sua carreira?

Foi em 2013, no Goiás, a gente chegou na semifinal da Copa do Brasil, a gente ficou a uma vitória de ir para a Libertadores, ficou em sexto no Brasileirão, fiz 29 gols no ano, ganhei o prêmio de Craque do Campeonato, melhor atacante e a Bola de Prata. Então não tem comparação, foi o meu melhor ano.

Qual a cidade que você mais gostou de morar?

Eu morei em Portugal, no Rio de Janeiro, Curitiba, Goiânia, sou de Recife, agora Maceió, é muito difícil. Mas um lugar que eu me senti muito bem, que o povo me abraçou, é Goiânia. Eu tenho um respeito muito grande pelo povo de lá, eles têm um carinho muito grande, eu me sinto muito em casa lá. Então eu prefiro Goiânia, que hoje é onde eu moro.

Você criou uma identidade muito grande com o Goiás, não é?

Muito. São dois times em que a torcida é apaixonada por mim: o Goiás e o Atlético-PR. A torcida do Atlético-PR tem um carinho enorme por mim, e olha que eu fiquei lá pouco mais de um ano. Eles entenderam a minha saída, entenderam o porquê. Quando eu fui lá e fiz um gol contra eles, eles levantaram e bateram palma para mim, nunca vi isso na minha vida, aquilo ficou guardado para sempre.

A torcida do Atlético-PR é muito exigente...

Demais, demais. É uma cobrança muito grande, como eu sempre digo, vivi uma relação de amor e ódio com eles, mas deu certo, tenho carinho muito grande por todos os torcedores. Eu fui jogar contra eles e um repórter me perguntou se eu tinha medo de ser vaiado, e eu falei que tinha 100% de certeza que não seria vaiado lá. Não fui vaiado e ainda bateram palma para mim quando eu fiz o gol.

Você também sempre teve respeito pelos clubes que passou...

Eu sou uma pessoa muito humilde, tem jogador que fala tanta coisa... Para você ver, eu tenho um carinho muito grande com a torcida do Goiás e sou ídolo lá, por tudo o que eu consegui. Eu fui ver um jogo do Vila Nova, o torcedor deles pediu para eu ir jogar lá. Isso é muito bom para mim, porque o povo vê o meu jeito de ser, humilde, simples, e sou muito sincero no que eu falo, fico muito feliz com isso. Eu estive no Paysandu agora, torcida apaixonada gritando o meu nome todos os jogos. Aqui em Maceió, no primeiro jogo, sem eu jogar, o estádio já levantou para bater palma para mim. Onde eu vou tenho um carinho muito grande da torcida.

Você sempre se destaca nos grandes jogos, como no ano passado contra o Corinthians, na Arena...

Faltou um gol, mas jogar contra o Corinthians é muito difícil. Nesse jogo eu joguei muito, foi difícil perder uma bola, joguei pra caramba naquele jogo. Se o Atlético-GO tivesse jogado um pouco melhor no primeiro turno, tenho certeza que teríamos escapado.

É verdade que você iniciou uma dieta para perder 10kg?

Verdade, e é difícil, viu? Quando você foca, parece que o resultado não vem rápido, mas eu estou focado, não pode desistir, comecei agora, e tenho um mês para perder esses 10kg. Perder 10kg não é fácil.

Qual é o maior sacrifício dessa dieta?

É comer mesmo, eu gosto de comer! Eu gosto muito de comer! Já fizeram exame para ver o que era e eu falei "Gente, não tem problema não, meu problema é comer!". Gosto de comer, é uma coisa que eu gosto muito, o que está sendo mais difícil é isso, controlar a boca, mas estou conseguindo.

Li que você disse que não tem problema de noitada, de bebida...

Nada disso, se fosse por essas coisas, eu estava lascado, se bebesse, se fumasse, se fosse para a balada, estava lascado, meu negócio é comida mesmo. Quem é que não gosta de comer? Seria bom se tivesse um regime para emagrecer comendo, aí o Walter estaria magrinho.

Você acha que o seu físico te afastou de estar em um patamar maior no futebol?

Com certeza, o mercado fechou um pouco porque fica a dúvida "Será que eu vou trazer o Walter?", porque vocês da imprensa pegam muito pesado, aí os clubes ficam com receio. Eu tive duas coisas muito boas. Não vou falar o time, mas eram coisas que estavam certas no começo do ano e que ficaram com um pé atrás por causa do peso. Se eu sou contratado por um time como São Paulo, Corinthians, Flamengo, eles têm estrutura para contratar o Walter e falar "Walter, você vai ficar desse jeito", porque eu já fiquei no Atlético-PR e no Fluminense. Dois clubes que têm uma estrutura muito grande. Com o trabalho que tem o Corinthians, que tem o São Paulo, o Flamengo, esses grandes times, você fica mais magro, porque a vontade é muito grande, tem um pouco de confiança também, mas eu não perdi as esperanças.

Eu vi que você falou que quer atingir seu auge físico e técnico com 29, 30 anos...

Sim, porque eu tenho uma qualidade que eu olho e vejo que eu posso jogar pelo Corinthians, eu tenho condição de jogar no Flamengo, no São Paulo, no Vasco, esses times grandes. Eu vou trabalhar para isso. Lógico, ficam com um pouco de receio, podem ficar, mas deixa o Walter lá, dá uma chance para ver como ele consegue. Eu confio que eu vim para cá, para o CSA, eu não estava muito feliz no Paysandu, minha família não estava muito feliz, estávamos muito afastados, estou três meses sem ver meu pai, que está sumido. Quanto ao Paysandu, é um clube muito bom, uma estrutura boa, uma torcida apaixonada, só que estava faltando alguma coisa, não estava feliz. Eu tenho que agradecer a eles todos, têm um carinho muito grande por mim. Aí eu vim para o CSA, que está com um projeto muito bom, é aqui que eu quero ficar, estou muito feliz, o treinador me conhece e vou terminar meu ano aqui. Quero fazer um bom campeonato aqui, o primeiro passo é não cair, fazer os 45 pontos, é um time que há muito tempo não joga a Série B e tem que se acostumar com a competição.

Se recebesse uma proposta de fora do país, você aceitaria?

É uma coisa que eu quero muito, quero ficar um ou dois anos fora, queria muito mesmo, por isso eu vou deixar na mão de Deus para ver o que vai acontecer. Tem tanto jogador perna de pau jogando por aí, não é possível. (risos)