Torcida peruana anima o treino da seleção em Khimki
A saudade de disputar uma Copa é grande e o torcedor peruano se fez presente no primeiro treino aberto da sua seleção, na manhã desta segunda-feira , na Arena Khimki, que fica num dos subúrbios de Moscou e que é a casa do Khimki e um dos palcos do Dínamo, um dos grandes times russos. Dos quase mil torcedores presentes neste estádio com capacidade para 18.636 pessoas, quase 300 eram peruanos, muitos com a camisa da Seleção e gritando os cânticos de apoio como o tradicional "Ole, ole, ola, cada dia te quiero más" . Eles ainda contaram com uma torcida organizada de 50 voluntários russos que ficaram em outro setor gritando "Peru, Peru".
Alguns deles são moradores de Moscou, como Varga Espinoza, que levou o seu filho Alex, de nove anos, para ver pela primeira vez de perto a seleção de seu país.
- Trabalho aqui há 35 anos e os peruanos formam uma comunidade pequena, somos 150 no máximo. Vim até Khimki hoje para entrar no clima da Copa. Infelizmente, não consegui ingressos para ver os jogos - disse Valdir, que no Peru é torcedor do Real Garcilaso.
Só que o grosso da torcida "inca" era mesmo de peruanos que saíram do país sul-americano e desembarcaram em Moscou nos últimos dias.
- Só o meu pessoal dá uns mIl - disse José Vegas, torcedor da La U e que veio com vários amigos também torcedores do "La Crema" - Acho que seremos uns 30 mil, pois todos os ingressos para o jogo de estreia já foram vendidos - disse JVegas, dando uma certa exagerada no número de compatriotas em solo russo. ,
Muitos chegaram em família. Javier Gimenez e sua turma partiu de Cuzco. José veio com mulher, irmã e amiga, de Lima.
- Estamos felizes em apoiar a nossa seleção depois de tanto tempo fora do mundial. E vamos torcer muito pelos gols de Guerrero - comentou José .
Em relação ao que esperar do Peru na Copa as opiniões são variadas e extremadas.
- Chegar nas quartas de final está de ótimo tamanho - analisa Carlos Vega.
- Campeões, é claro - gritava um peruano que abria a bandeira do país para posar para fotos.
- Vencer um jogo já estaria ótimo, seria uma alegria - disse Maria, mulher de Javier.
O que importa para todos é que, para o Peru, há 36 anos longe de um mundial, o clima de Copa já existe desde a classificação arrancada na repescagem.
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