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Escola de samba fundada em Moscou entra em ritmo de Copa do Mundo

14/06/2018 08h36

Tem espaço para o samba no dia de abertura da Copa. Com bateria e tudo. Graças à "Escola de Samba Real". Formada por cerca de 20 membros, entre eles o presidente da agremiação, Evgeny Veselov, a responsável pela evolução Iulya e as "batuqueiras" Irina, Ekatherina, Aliona. Isso mesmo, só tem russo. E todos falando bom português.

- Aprendemos a língua a partir do nosso gosto pelo samba e pela capoeira - disse Iulya que já foi uma vez ao Brasil. Magrinha e miudinha, não passa de 1m50, ela é a mais descolada do grupo.

Evgeny já é quase carioca. Apaixonado por samba, fundou o bloco que ele chama de escola há nove anos. Já visitou o Brasil três vezes e tem uma preferência quando o assunto é Carnaval.

- Quase não vejo Escola de Samba. Gosto mesmo é de bloco. Mas popular, mais quente, mais autêntico - disse o chefão da tropa, que estava esperando mais membros da Samba Real para começar a arrumar os instrumentos para um show que faria pouco antes da abertura dos portões.

A Samba Real tem as cores da Rússia, azul vermelho e branco e tem como símbolo um urso pardo mandando ver num surdo de marcação. Ela é mais um grupo de ritmistas e desfila uma vez por ano em Moscou, normalmente em maio - já que fevereiro é muito frio e Evgeny e alguns membros querem mesmo é curtir a folia no Brasil. Porém, durante a Copa, a Samba Real fará um extra, mostrando nos dias de jogos na capital que russo também é bom de ginga.

- E na capoeira! - completa Iulya.

A ação desta quinta-feira foi a primeira, o próximo desfile da turma está marcado para o sábado, quando a Argentina enfrenta a Islândia na Arena Spartak e tudo vai se tornando um ensaio geral para o primeiro grande dia: o duelo entre Brasil e Sérvia, que também ocorrerá no estádio do Spartak.

- Aí , com os brasileiros, me sentirei duplamente em casa - comentou Evgeny.