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Dispensado pelo Palmeiras, jovem pensou em desistir do futebol e hoje surpreende na base do Corinthians

23/06/2018 07h00

Do fim de 2017 até o início deste ano, Daniel Marcos viu sua vida dar uma grande reviravolta. Dispensado pelo Palmeiras, onde ficou cerca de quatro anos, o lateral-direito pensou até em desistir da carreira no futebol, mas passou em uma peneira do Corinthians em janeiro e tem surpreendido.

Hoje aos 17 anos, Daniel Marcos passou apenas um mês no sub-17 até ser chamado pelo então técnico do sub-20, Dyego Coelho, atual auxiliar de Osmar Loss. Em menos de dois meses, ele foi de dispensado no Palmeiras a promovido no Timão.

- Eu entrei no Palmeiras aos 12 anos e fiquei lá até o final do ano passado, com 16. Conquistei alguns títulos lá, participei de torneios fora do país, mas acabei sendo dispensado no fim de 2017. Depois de um mês, eu vim fazer uma peneira aqui no Corinthians e consegui passar para integrar a categoria sub-17.

Depois de um mês no sub-17, o professor (Dyego) Coelho me chamou para fazer um treino no sub-20 e me convocou para o jogo contra o São Paulo (0 a 0, no primeiro turno do Paulista Sub-20). Fiz uma boa partida e, desde então, fui ficando no sub-20 - recordou o lateral, em entrevista ao LANCE!.

- Foi bastante surpreendente tudo isso. No fim do ano passado, eu e minha família estávamos bastante assustados. Começamos 2018 com alguns planos, pois eu já estava pensando em desistir do futebol ou recomeçar de baixo. Eu fiz a peneira aqui e, do dia para a noite, estava no Corinthians. Em pouco tempo, consegui buscar o meu espaço e estou trabalhando dia a dia para ter um futuro bem-sucedido no clube - acrescentou.

Nesta entrevista ao LANCE!, o lateral-direito analisou sua carreira até agora no Corinthians, contou seus planos para o futuro e analisou a estreia de Fagner na Copa do Mundo. Confira:

Como analisa sua carreira até agora no Corinthians?

Para mim, está sendo uma experiência sensacional. Na primeira vez que eu vesti a camisa, eu tive a certeza que as coisas seriam bem diferentes de como aconteceram no ano passado. Tive a honra de fazer o meu primeiro jogo televisionado, uma final de campeonato na Arena Corinthians, que, infelizmente, não terminou como gostaríamos (vice para o São Paulo), mas foi um momento único para mim, uma lembrança que vou guardar para o resto da vida.

Quais são seus planos para a temporada?

Eu planejei uma coisa no começo do ano e, graças a Deus, deu tudo errado (risos). Agora, eu planejo, neste ano, seja pela categoria sub-17, seja pelo sub-20, eu tenho que fazer o meu melhor. Meu objetivo é evoluir ao máximo, aprender o que puder com o professor Marcos [Soares, técnico do sub-17] e com o professor (Eduardo) Barroca (técnico do sub-20).

Qual a sensação de ter marcado o primeiro gol pelo sub-20 na última quarta-feira, na vitória sobre o Juventus?

O primeiro gol a gente nunca esquece. Quando eu fiz, não sabia nem como comemorar, só sabia que eu tinha que extravasar. Era um negócio que estava guardado dentro de mim. Um dos sonhos que eu tinha era marcar pelo Corinthians e comemorar muito.

O que achou da estreia de Fagner na Copa do Mundo?

Achei a estreia dele bastante segura. Ele começou bem o jogo, errou poucos passes. Quando ele errou o passe, conseguiu se recuperar, além de ter cruzado aquela bola que o Gabriel Jesus cabeceou no travessão. Se tem um jogador da base do Corinthians que eu me inspiro é o Fagner.