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Portugal sofre empate no fim, fica em 2º no B, Nas oitavas, encara a Celeste

25/06/2018 17h15

Mais uma vez foi sofrido para Portugal. Depois de um bom primeiro tempo e início de etapa final promissor, o time viu o Irã se agigantar depois do pênalti perdido por Cristiano Ronaldo (somente marcado pelo VAR) , arrancar o empate de pênalti (também via VAR) nos acréscimos e por muito pouco não virar e eliminar os portugueses da Copa da Rússia. Menos mal que o 1 a 1 garantiu aos Patrícios a vaga nas oitavas de final em segundo lugar no Grupo B, quando enfrentará o Uruguai (primeiro do A), no dia 30, em Sóchi.

A liderança do grupo ficou com a Espanha, que empatou com Marrocos e terminou com os mesmos cinco pontos de Portugal, além do mesmo saldo positivo de um gol. Porém, os espanhóis marcaram mais gols e ficaram na frente (enfrentarão a Rússia). o Irã, com três pontos e o Marrocos, com um, estão eliminados. Os gols foram de Quaresma, um golaço na etapa inicial , e de Ansarifard.

Ao ataque

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A entrada de André Silva no lugar de Gonçalo Guedes era esperada, pois o antigo titular nada fez nos dois primeiros jogos. Porém, ao tirar Bernardo Silva e colocar Quaresma, Fernando Santos Surpreendeu, tirando Portugal do 4-4-2 para um 4-3-3.

Bom início português

Os primeiros 15 minutos foram os melhores de Portugal ofensivamente até então nesta Copa. CR7 e André Silva se revezavam pelo meio e pela esquerda, com Quaresma mais preso na direita. João Mário chegou bem no trio ofensivo e teve ótima chance em chute de fora da área.

A estratégia inicial do Irã

Apoiado por uma grande e muito barulhenta torcida (com cornetas e batendo o pé, o que fazia o estádio tremer ), o Irã apostou em contra-ataques. Perigosos. Numa deles, Jahanbakhsh entrou livre e Rui Patrício teve de se arriscar se antecipando e sofrendo um choque com o iraniano (a chuteira acertou-lhe a cabeça).

Começa o ferrolho

A partir dos 20 minutos, Carlos Queiroz, que colocou o Irã marcando com uma linha de 4 e outra de 5, mandou seu único homem de frente, Azmoun marcar o apoiador William Carvalho em cima. Passou a ser a principal função do goleador persa não deixar o camisa 14 português jogar. Isso matou a saída de bola central e Portugal teve de passar a usar Adrien, pela direita.

Retranqueiro

Carlos Queiroz adora uma defesa fechada. Quando foi treinador de Portugal na Copa de 2010, na partida contra a Espanha, ele escalou quatro zagueiros: dois no miolo e dois nas laterais. Fechou os Patrícios e quase conseguiu dobrar a Espanha (perdeu por 1 a 0). Contra Portugal, nesta segunda-feira, ao menos construiu boas estratégias em contra-ataques e triangulações próximas da área. Mas o seu time não chutava a gol.

Adrien e o repeteco da Euro

Na conquista da Eurocopa na França em 2016, o treinador Fernando Santos começou com Adrien no banco e o colocou como titular na reta final. Numa entrevista na véspera do último jogo da primeira fase (quando Portugal estaria eliminado se perdesse) na competição francesa, Adrien até falou: "Fico feliz em conseguir jogar uns minutos". Acabou titular e assim seguiu até o fim. Nesta segunda-feira, contra o Irã, o ex-Sporting e atual jogador do Leicester (ING) entrou como segundo volante na vaga de João Moutinho e mostrou-se um bom articulador. E foi a partir de uma triangulação com Adrien que Quaresma acertou a belíssima trivela aos 45 minutos que abriu o placar para Portugal.

Início da etapa final

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Portugal seguiu muito bem e dominando as ações. Até que veio o lance que Cristiano Ronaldo sofreu falta na área. O juiz mandou seguir, mas usou o recurso do VAR e deu o pênalti. CR7 chutou para a defesa de Beiravand e isso fez não só a torcida do Irã (que estava um pouco mais calada) explodir, como acordou o time persa, que pela primeira vez, e durante cinco minutos, dominou o jogo, se lançou ao ataque, viu Pepe evitar um lance de grande perigo, reclamou (sem razão) de dois pênaltis não marcados e teve um perigoso escanteio cobrado.

Jogo tenso e Irã no ataque

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Portugal passou a atacar um pouco menos e o Irã tinha dificuldade para se impor. Assim, a partir dos 20 minutos, o jogo perdeu em força ofensiva e ficou bem mais truncado, com jogadores reclamando da arbitragem e lances um pouco mais ríspidos. Precisando do gol, Queiroz pôs o time no ataque, com as entradas de Ansarifard e Ghoddos (meia-atacantes) na vaga de dois volantes. Já Portugal, se apagou (não teve um escanteio nos 45 minutos finais).

VAR e Cristiano Ronaldo

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Cristiano Ronaldo e Ebrahimi se desentenderam num lance lá na ponta esquerda aos 35 minutos. O árbitro de vídeo mais uma vez entrou em ação. E definiu-se que o "meio empurrão" do craque era passível de cartão amarelo.

Empate do Irã e sufoco total para Portugal

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No minuto final, uma finalização de Ramin pegou no braço de Cédric. O juiz nada deu. Mas veio o VAR de novo. Pênalti marcado e Ansarifard não vacilou, empatando o jogo aos 47. Com o 1 a 1 e podendo se classificar se virasse o placar, o Irã se mandou de vez. Amiri perdeu um gol feito aos 48. Nervoso, Portugal foi sofrendo até o apito do juiz. E avançou às oitavas em segundo lugar. Agora a parada será contra o Uruguai.

FICHA TÉCNICA

IRÃ 1 X 1 PORTUGAL

Local: Arena Mordóvia, Saransk (RUS)

Árbitro: Enrique Cáceres (PAR)

Assistentes: Eduardo Cardozo (PAR) e Juan Zorrilla (PAR)

Data-Hora: 25/6/2018 - (15h de Brasília)

Cartões amarelos: Safi e Azmoun (IRN); Raphael Guerreiro, Ricardo Quaresma e Adrien (POR)

Cartões vermelhos: -

Gols: Ricardo Quaresma, 44'/1ºT (0-1), Ansarifard, pên, 47'/2ºT (1-1)

IRÃ: Beiravand; Rezaeian, Poularinganji Hosseini e Safi (Mohammadi,11'/2ºT)

; Ezatolahi (Ansarifard, 30'/2ºT); Ebrahimi, Amiri, Jahanbakhsh (Ghoddos, 24'/2ºT) e Taremi; Azmoun Técnico: Carlos Queiroz

PORTUGAL: Rui Patrício; Cédric, Pepe, Fonte e Raphael Guerreiro. William Carvalho, Adrien e João Mário (Moutinho, 39'/2ºT); Quaresma (Bernardo Silva, 24'/2ºT) , Cristiano Ronaldo e André Silva (Gonçalo Guedes, 50'/2ºT) . Técnico: Fernando Santos