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Português ressalta títulos do Uruguai, mas avisa que 'Copa não tem papões'

27/06/2018 11h02

Neste sábado, às 15h (horário de Brasília), em Sochi, Portugal, segundo colocado do Grupo B da Copa do Mundo, enfrenta o Uruguai, líder de sua chave, pelas oitavas de final. Escolhido para falar com a imprensa nesta quarta-feira, o lateral-direito Cédric destacou o poderio do rival, bicampeão mundial, mas avisou que o torneio na Rússia está repleto de surpresas.

- O Mundial tem surpreendido a todos. Já não há grandes e papões. Os jogos têm sido todos sofridos, o que torna as coisas mais interessantes. Esta fase de grupos tem sido revelado difícil para todos, muito competitiva, mas, sem dúvida, atingimos nosso objetivo e, agora, temos tempo de nos preparar para as oitavas. A partir de agora, são finais - comentou, respeitando o rival.

- O Uruguai tem excelentes jogadores, já foram campeões do mundo duas vezes. Sabemos que, em 2018, não perderam jogos nem sofreram gols, é um dado interessante. Temos de estar sempre vivos, encarar cada bola parada como perigo. Mas eles também têm de nos analisar, também temos as nossas armas, acreditamos muito em nós.

A equipe de Cristiano Ronaldo acumulou uma sofrida vitória sobre Marrocos, por 1 a 0, neste Mundial, com direito a grandes defesas de seu goleiro, Rui Patrício, e dois empates, diante de Espanha e Irã. As críticas em relação à qualidade apresentada pelos lusitanos e atuais campeões da Eurocopa, contudo, não incomodam Cédric.

- O mais importante é vencer. O Mundial tem sido difícil para todos. Conseguimos o primeiro objetivo, estamos de parabéns. Temos a nossa estratégia para vencer. Bonito ou feio, são vocês que analisam, o mais importante é vencer. Vamos focar no adversário, que tem uma grande seleção, mas somos campeões da Europa, já demonstramos várias vezes a nossa qualidade - defendeu.

Em relação ao Uruguai, diante da força adversária na bola aérea, Cédric comentou o pênalti marcado diante do Irã. Com a ajuda do árbitro de vídeo, foi apontado um toque de braço do lateral na bola dentro da área, culminando com o gol de empate que tornou o duelo ainda mais complicado, já que Portugal seria eliminado se perdesse.

- Vi a bola partir do cruzamento, tentei saltar com o adversário e há uma carga sobre mim, não me deixam saltar. Ao tentar, levanto o braço de modo involuntário e, quando há contato, a bola raspa na mão, mas só raspa, nem se altera a trajetória da bola. Mas é uma decisão da Fifa, só podemos nos preocupar com o que podemos fazer, e não com o que não podemos controlar.