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Preocupação não se restringe à tabela: queda do Botafogo liga o alerta

Botafogo de Zé Ricardo (foto) vive uma queda de rendimento nesta reta final de 2018 - Thiago Ribeiro/AGIF
Botafogo de Zé Ricardo (foto) vive uma queda de rendimento nesta reta final de 2018 Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

16/10/2018 06h45

Após o empate sem gols diante do Ceará, na Arena Castelão, o discurso de jogadores e Zé Ricardo convergiu: o Botafogo saiu no lucro. Não só pela pressão que sofreu ou pelo pênalti perdido por Arthur, mas principalmente pelo fraquíssimo rendimento ao longo dos 90 minutos.

A escalação de Zé Ricardo já demonstrava qual seria a prioridade em Fortaleza: segurar o ímpeto do time de Lisca, que vem de nítida ascensão. Rodrigo Pimpão foi opção ao invés de Erik: uma troca tática e justificada pelo maior senso de marcação de Pimpão, acionado para parar Samuel Xavier.

A estratégia, no quesito rendimento, não deu certo, pois o Ceará atuou dentro do campo botafoguense quase todo o primeiro tempo e não deu espaços para contragolpes. Pouco repertório, lentidão nas transições e má atuação de Luiz Fernando e Erik, principalmente, emperraram qualquer esperança no ataque.

"Dentro da estratégia era ter um bloco mais baixo. A entrada do Pimpão foi mais para segurar aquele setor de ataque deles. Pimpão joga muito taticamente. A entrada o Erik seria para aproveitar os espaço", comentou Zé.

"A gente vinha satisfeito com o rendimento. Normalmente, a gente vem criando oportunidades e criando pouco. Hoje não temos como comentar taticamente, pois produzimos pouco", completou o treinador, em coletiva.

Passada a atuação improdutiva, a semana é de auto-crítica. A quatro pontos da zona do rebaixamento, Zé Ricardo não pode nem pensar em pecar na preparação da equipe para o jogo contra o Bahia, o terceiro rival consecutivo da parte inferior da tabela, no sábado.

Ou seja, o fio da evolução precisa ser achado para ontem, pois a pressão plurilateral será considerável para o reencontro com o algoz da Sul-Americana no Nilton Santos.