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Vice de finanças do Bota revela projeto para reduzir as dívidas do clube

VITOR SILVA/SSPRESS/BOTAFOGO
Imagem: VITOR SILVA/SSPRESS/BOTAFOGO

17/10/2018 07h35

A dívida total do Botafogo é de aproximadamente R$ 700 milhões, o que causa problemas de longo, médio e curto prazo. Para as questões imediatas, como atrasos salariais, o Conselho Deliberativo do clube aprovou, na noite desta terça-feira, a antecipação de receitas. Mas o tamanho da dívida ainda é preocupante. Só que há luz no fim do túnel. Ainda em General Severiano, após o debate mais recente, o vice-presidente de finanças do clube, Luiz Felipe Novis, revelou que o clube planeja a equalização do alto volume.

"Existe a possibilidade de operações como a venda da dívida, o que é uma operação muito maior. Normalmente com entidades financeiras de fora (do país) que tem interesse. Na verdade, essa dívida seria vendida e os ganhos seriam remunerados para o Botafogo, uma parte, e outra parte para o investidor. E com o pagamento feito a longo prazo. Coisas que têm risco, mas que também poderiam resolver de forma definitiva", afirmou.

Novis assumiu a pasta em meados de 2016, um ano e meio depois do início da atual gestão. Durante as gestões do ex-presidente Carlos Eduardo Pereira e do atual mandatário Nelson Mufarrej, a diretoria contabiliza cerca de R$100 milhões em dívidas reduzidas. Mas o complexo projeto de amortização da dívida, que já está pauta no clube, promete viabilizar maior competitividade da Estrela Solitária.

"A gente não consegue resolver de uma hora pra outra. A gente está analisando propostas e tem que ser vista uma série de detalhes. Tem vários tipos de possibilidades que poderíamos fazer. Operação de venda de dívida, fundos de direitos ou até terceirização de parte do futebol, que são coisas muito mais complexas", explicou.

Não é fácil. O regimento interno do clube precisará ser observado e rediscutido para que montantes de tal ordem sejam movimentados. Mas a baixa capacidade de arrecadação do Botafogo, em contrapartida aos altos débitos mensais fazem os dirigentes se movimentarem. Do orçamento deste ano, por exemplo, um terço do valor estimado em R$ 204 milhões já tinha o pagamento de dívidas como destino.

"Mexe na estrutura do clube. Pode ser que (para o projeto ir adiante) tenhamos até que modificar o estatuto, se for o caso, para que a gente consiga recursos de uma ordem que efetivamente vá resolver nosso problema", completa Novis.