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LANCE! Espresso: É hora de Tite descomplicar e mostrar que pode arrumar a Seleção

26/03/2019 09h05

Tite deve promover muitas mudanças na defesa que enfrenta nesta terça-feira a República Tcheca, às 16h45, em Praga. Mas, do meio para frente, o técnico deve manter entre os titulares o quarteto formado por Coutinho, Paquetá, Richarlison e Roberto Firmino. Caberá a Tite então resolver o que chamou após a partida contra o Panamá de "sinapses no último terço".

Você não leu errado. Após classificar como normal o empate histórico (para os panamenhos, claro), o treinador ainda soltou mais uma série de frases que seriam muito sofisticadas se, de fato, fizessem sentido. Na entrevista após a convocação para a data Fifa, Tite expôs seu descontentamento com quem o acusa de ser "pastoral" em suas declarações, mas é notório que o gaúcho adota um discurso rebuscado, cheio de pausas dramáticas, o que começa a cansar o torcedor brasileiro. Em tempo: o próprio treinador ajudou a solidificar esta imagem, quando repetia seus bordões de gestão em uma série de propagandas.

A cultura do resultado exige avanço em campo, algo que Tite não conseguiu desde a eliminação na Copa do Mundo. O "titês" não é o maior dos problemas, mas, nas entrelinhas, esconde a falta de futebol convincente, capaz de exibir algum brilho quando Neymar está ausente. A Copa América se aproxima e, ao que tudo indica, terá impacto no futuro de Tite no cargo. A unanimidade conquistada até chegar à Rússia não existe mais. É hora de usar os neurônios para descomplicar.