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Após 20 jogos, veja a escalação dos mais utilizados por Felipão em 2019

19/04/2019 08h00

Chegando até a semifinal do Campeonato Paulista e em segundo lugar no seu grupo depois de quatro rodadas da Libertadores, o Palmeiras completou 20 partidas na temporada. O técnico Luiz Felipe Scolari utilizou 31 jogadores e alternou tanto a escalação que o grupo com os atletas mais escalados não atuou junto nenhuma vez no ano.

Weverton; Mayke, Antonio Carlos, Gustavo Gómez e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima; Gustavo Scarpa, Dudu e Borja. Este é o time com os 11 atletas que passaram mais tempo dentro de campo na temporada. Uma formação jamais escalada por Felipão.

O LANCE! analisa abaixo cada um desses que formam a base de 2019:

Weverton - 11 jogos (11 como titular) - 1059 minutos

É o dono da posição desde o segundo semestre do ano passado, mesmo antes da chegada de Scolari, na reta final de Roger Machado no clube. Mas não ficou fora de partidas somente devido ao rodízio - Felipão prometeu mais alternâncias na posição neste ano - ou por ter sido convocado pela Seleção, perdendo três jogos pelo clube. O técnico optou por Fernando Prass na segunda semifinal do Paulista, contra o São Paulo, e o viu pegar um pênalti. Prass esteve em campo em sete jogos, totalizando 672 minutos, com Jailson escalado duas vezes, atuando 189 minutos,

Mayke - 11 jogos (10 como titular) - 982 minutos

As laterais foram os setores mais mexidos por Felipão, e Mayke sai na frente por detalhes. Tem um jogo e só 44 minutos a mais do que Marcos Rocha, que acumula dez partidas e 938 minutos em campo - muito desse tempo a mais aparece porque Mayke entrou no lugar de Marcos Rocha, que tinha cartão amarelo, na ida da semifinal do Paulista, no Morumbi. Mas Marcos Rocha foi titular em quatro dos três jogos do time na Libertadores, enquanto Mayke iniciou três clássicos, contra dois do seu concorrente.

Antonio Carlos - 12 jogos (11 como titular) - 1121 minutos

O zagueiro ampliou seus números com a lesão de Luan, que obrigou Scolari a desfazer as duplas que tinha fixado desde o ano passado. Costumeiramente parceiro de Edu Dracena, Antonio Carlos foi o escolhido na maioria dos jogos para atuar ao lado de Gustavo Gómez.

Gustavo Gómez - 12 jogos (12 como titular) - 1158 minutos

O paraguaio é a prova de que o rodízio na zaga não foi tão grande quanto em 2018. Enquanto Luan esteve lesionado, Gómez emendou quatro jogos seguidos antes de ser desfalque por três partidas por estar à disposição de sua seleção. É o zagueiro mais usado no ano, superando Antonio Carlos em atuações como titular e minutos em campo e, também, Edu Dracena (nove jogos, 859 minutos), Luan (sete jogos, 606 minutos) e Vitão (um jogo, 74 minutos).

Diogo Barbosa - 12 jogos (10 como titular) - 1015 minutos

Como ocorre com Mayke do outro lado, Diogo Barbosa é o lateral-esquerdo mais usado com diferença de detalhes para Victor Luis, que atuou dez vezes, totalizando 905 minutos em campo - 105 a menos do que o camisa 6. Mas Diogo atingiu os números entrando no lugar de Victor nas duas semifinais do Libertadores, com o colega saindo por lesão em ambas. Na Libertadores, cada um foi titular duas vezes. Em clássicos, Victor iniciou quatro, com Diogo começando só na derrota para o Corinthians.

Felipe Melo - 15 jogos (13 como titular) - 1224 minutos

O volante que mais minutos dentro de campo no elenco em 2019 se ratifica como dono da posição. Tem três partidas e 784 minutos em relação a Thiago Santos, seu concorrente direto, que acumula 12 jogos (oito como titular) e 784 minutos atuados.

Bruno Henrique - 18 jogos (12 como titular) - 1194 minutos

Se Felipe Melo é o volante com mais minutos, Bruno Henrique é um dos jogadores com mais partidas do elenco, igualando as 18 de Dudu - como o atacante, só não atuou contra Mirassol e Ponte Preta, quando Felipão poupou todos os titulares. Bruno Henrique fica atrás somente porque começou o ano na reserva, por questões físicas e enquanto estava na mira do futebol chinês, e tem sido frequentemente substituído.

Lucas Lima - 14 jogos (6 como titular) - 780 minutos

A presença do meia chama atenção, já que perdeu posição nos últimos jogos. Por isso, é o titular da base de 2019 com menos minutos em campo. Mesmo assim, recebe frequentes oportunidades ao longo dos jogos e só não atuou em seis partidas. Ricardo Goulart, novo dono da função, estreou apenas em fevereiro por questões físicas, mas já tem 724 minutos em campo, 56 atrás de Lucas Lima, e acumula 11 jogos (oito como titular).

Gustavo Scarpa - 14 jogos (11 como titular) - 973 minutos

O meia vive seu grande momento no Palmeiras. Divide com Ricardo Goulart a artilharia do time na temporada, com quatro gols cada um, e deu ainda duas assistências, sendo fundamental em 22,2% das 27 vezes em que a equipe balançou as redes. Scarpa conseguiu ser um dos 11 que mais atuaram no ano mesmo perdendo três jogos por entorse no tornozelo esquerdo - ficou fora de outros três por opção de Scolari, que o poupou.

Dudu - 18 jogos (18 como titular) - 1568 minutos

Palmeiras em campo tem sido sinônimo de Dudu escalado. O craque do Campeonato Brasileiro do ano passado não chegou nem a ser reserva neste ano e só ficou fora quando Felipão poupou todos os titulares, contra Ponte Preta e Mirassol. Mesmo ouvindo críticas de parte da torcida, é quem mais participou de gols do time ano: quatro assistências, sendo líder no quesito, e fez três gols. E essa estatística ainda não leva em conta lances como o gol de Deyverson, contra o Junior Barranquilla, aproveitando rebote do camisa 7.

Borja - 12 jogos (11 como titular) - 870 minutos

O colombiano não saiu do banco nos últimos cinco jogos, mas a suspensão de seis jogos de Deyverson por cuspir em Richard, do Corinthians, e o problema de Arthur Cabral no púbis, ficando fora da primeira fase do Paulista, foram decisivos para Borja ser o centroavante mais utilizado. Mas Deyverson, titular nessas cinco partidas sem Borja e com os mesmos três gols do camisa 9, está próximo, com dois jogos e 89 minutos a menos - o camisa 16 acumula dez partidas (oito como titular) e 781 minutos. Arthur Cabral tem dois jogos e 77 minutos em campo, sem nunca ter iniciado um jogo pelo clube.