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Cafu vibra com molecada do Tricolor e aposta em título para reviver 1991

21/04/2019 06h00

Três gols de Raí na final do Campeonato Paulista, no Morumbi, foram mais do que suficientes para dar a taça estadual de 1991 ao São Paulo, diante do Corinthians, rival deste domingo, em nova decisão, às 16h, na Arena. Titular naquele jogo, o ex-lateral Cafu aposta em vitória tricolor, título na casa do rival e tabu quebrado: o clube do Morumbi nunca venceu em Itaquera.

- Vou assistir. Os tabus foram feitos para serem quebrados. Está na hora de quebrar esse tabu e paradigma de que o São Paulo não ganha na Arena Corinthians. Acho que é o momento certo para ganhar... Final de Campeonato Paulista, jogo importante. Dois grandes clubes. Espero que seja um jogo bom de ver, que seja aberto, limpo e honesto - disse Cafu, ao LANCE!, lembrando da final de 1991:

- Três golaços do Raí, ele estava voando naquela época. Eram dois grandes times, o Paulistão era uma das competições mais importantes do Brasil, todos os times eram bons. No interior, eram só timaços. Grandes finais.

Foram dez títulos conquistados com a camisa do São Paulo e uma história de fazer inveja em muito jogador. Com um passado vitorioso no Tricolor Paulista, o ex-jogador acompanha o clube até hoje e está satisfeito com o que tem visto nos últimos meses. Principalmente no que diz respeito ao futebol apresentado pelos garotos formados em Cotia.

Luan, Lizieiro, Igor Gomes e Antony ganharam notoriedade no time titular na reta final do estadual e deram esperança ao torcedor tricolor, que vive um jejum de títulos - o último foi a Copa Sul-Americana, em 2012. Para Cafu, dar responsabilidade aos garotos é uma maneira de aproximá-los ainda mais da essência e do espírito do clube.

- Molecada é o caminho certo. O que fazer para resgatar o futebol brasileiro? Dar oportunidade para a garotada. Se não der, eles não terão responsabilidade e não vão se comprometer com o clube. Cito aqui o time do Ajax, só tem menino. Mas deram a responsabilidade para eles, colocaram para jogar uma Champions League. Ganhar ou perder é consequência daquilo que fizerem em campo - ponderou, fazendo uma análise do futebol no geral, e completou:

- Mas se a gente não começar a dar responsabilidade para os nossos jovens, a colocá-los para jogar, a começar a criar uma identidade, não vamos criar ídolos e jogadores comprometidos com o futebol brasileiro. Depois, vamos ficar reclamando da falta de ídolos. É preciso dar oportunidade para se formar aqui.

Quando questionado sobre o palpite para a final deste domingo, Cafu apenas sorriu e disse:

- 1 a 0 para o São Paulo.

No São Paulo, Cafu conquistou o Paulistão de 1991 e 92, o Brasileirão de 91, a Libertadores em 92 e 93, uma Copa Intercontinental em 92 e 93, a Recopa Sul-Americana em 92 e 93 e a Supercopa Libertadores em 93.