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Borja recusa ofertas, e situação pode custar R$ 11 mi ao Palmeiras; entenda

Atacante Miguel Borja durante treinamento do Palmeiras na Academia de Futebol - Marcello Zambrana/AGIF
Atacante Miguel Borja durante treinamento do Palmeiras na Academia de Futebol Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

10/07/2019 17h15

O Palmeiras tem tentado negociar Borja, mas o colombiano não está facilitando e o clube pode ter que gastar mais US$ 3 milhões (R$ 11,26 milhões) com o jogador. O atacante já recusou quatro propostas vindas do exterior, todas aceitas pelo Verdão. Caso nenhuma negociação se concretize até 17 de agosto, o clube passa a ser obrigado a comprar os 30% dos direitos econômicos do centroavante que seguem com o Atlético Nacional, da Colômbia.

Ao concluir a aquisição de Miguel Borja, em operação finalizada em 17 de fevereiro de 2017, o Palmeiras pagou US$ 10,5 milhões (R$ 32,5 milhões na época) por 70% dos seus direitos econômicos. Ficou acertado que o Verdão teria de repassar 30% da venda do camisa 9 ao Atlético Nacional ou, caso ele não fosse negociado até 17 de agosto de 2019 (exatos dois anos e meio após a contratação), o clube precisaria desembolsar mais US$ 3 milhões para ficar com 100% do jogador.

A informação desse novo gasto com Borja foi dada inicialmente pela rádio Caracol, da Colômbia, e confirmada pelo "LANCE!". Diante da situação, o Palmeiras pode desembolsar, no total, quase R$ 44 milhões por um centroavante em baixa, que chega a ser terceira opção na posição atualmente na avaliação do técnico Luiz Felipe Scolari.

E o atacante não tem facilitado. O Palmeiras já recebeu neste ano quatro propostas do exterior por ele: duas da China, uma dos Estados Unidos e outra do México. O "LANCE!" apurou que houve acerto da parte do clube com todas essas quatro equipes, mantidas sob sigilo, mas Borja não topou ir para nenhum desses times.

Já está claro o incômodo de diretoria e comissão técnica com o camisa 9, que, na semana passada, sequer foi levado a Campinas para disputar amistoso diante do Guarani. Arthur Cabral, que chegou do Ceará no começo do ano com problema no púbis e necessitando de ajustes técnicos e táticos na avaliação de Felipão, já está à frente do colombiano na função de reserva de Deyverson.

Borja tem 14 jogos e 1.028 minutos em campo na temporada, fazendo apenas três gols: ele não balança as redes desde a vitória por 3 a 2 sobre o Ituano, em 27 de fevereiro. De 23 de março para cá, só atuou duas vezes, indo mal contra San Lorenzo e Sampaio Corrêa. A situação o fez ficar fora até dos 40 pré-selecionados da Colômbia para a Copa América. Mas nada o fez se interessar em mudar de clube ou se posicionar além do desejo de infância de defender o Junior Barranquilla, seu clube de coração.

"Não é segredo para ninguém que o Miguel é um grande torcedor do Junior e deseja, algum dia, jogar na equipe. Mas, neste momento, a situação não é de desejos, trata-se de uma situação econômica. Os parâmetros econômicos de uma possível operação são bastante elevados para a realidade do futebol colombiano. Se o Junior decidir fazer um esforço econômico, a possibilidade tomaria força, mas, até o momento, não existe nenhum contato entre as partes", falou Juan Pablo Pachón, representante de Borja, à rádio Caracol nessa terça (09).

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