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Pela redenção! Cinco lições que ficam para o Fla visando a Libertadores

19/07/2019 06h35

Pressionado pela ausência de troféus relevantes, o Flamengo sofreu mais um duro golpe na última quarta-feira, sendo que, desta vez, a queda se deu pelas quartas da Copa do Brasil, num Maracanã com 70 mil torcedores. O algoz foi o Athletico-PR, que empatou novamente em 1 a 1 e passou via pênaltis.

O LANCE! traz cinco fatores marcantes diante do Furacão e que podem servir de lição para o próximo mata-mata, que será já na próxima quarta, contra o Emelec, no Equador e pela ida das oitavas da Libertadores. Confira os pontos:

POUCA EFETIVIDADE NO ATAQUE

Arrascaeta deixou o gramado com 13 minutos do primeiro tempo em um jogo no qual Bruno Henrique não estava à disposição. Com Jorge Jesus, o camisa 27 tem atuado na área, ao lado de Gabigol, em prol de uma engrenagem ainda a ser afinada. E, para isso, o uruguaio também seria essencial.

A saída de Arrascaeta contra o Athletico tirou a mobilidade do Flamengo, já que Vitinho entrou como extremo, mais posicional, e a criatividade ficou comprometida. E mais: Lincoln, substituto de Bruno, esteve longe de ser efetivo como o dono da posição. Logo, como a dupla deve desfalcar o time de Jesus nos próximos jogos, é bom o português pensar em outras alternativas táticas.

FALTA DE CAPRICHO NOS PÊNALTIS

Diego Ribas, Vitinho e Everton Ribeiro. Ambos optaram por escolhas equivocadas e decepcionaram nas cobranças de pênaltis. Diego Alves, em sua primeira disputa da marca de cal na carreira, pegou uma batida (de Bruno Nazário) e fez a sua parte. O fato é que o quesito anímico está abalado.

Com quase 70 mil flamenguistas, o Maracanã ficou em silêncio e em vaias, após o choque da eliminação. A missão de Jesus e da comissão técnica será sensível. Com a maior pressão e a decidir novamente em casa, o Rubro-Negro terá que recolher os cacos logo e evitar a decisão por penal. A torcida, com a ferida aberta, agradece - e cobra a justa chegada de mais um centroavante.

DESEQUILÍBRIO NO MEIO-CAMPO

Com a saída de Arrascaeta, o Flamengo, além de perder em mobilidade, não teve o controle esperado das ações - como ocorreu diante do Goiás, um adversário menos qualificado, diga-se. Principalmente na etapa final, quando o desgaste físico pesou e Diego não conseguira realizar o balanço entre as fases do jogo como deveria, o Athletico encontrou latifúndios na entrada da área.

Certamente, Jesus tomou o contratempo tático como lição. E citou: "Temos que procurar melhorar a última linha, que é o mais difícil quando você defende com poucos jogadores". Em tempo: o Emelec vem de bons resultados - quatro vitórias consecutivas, sendo a última por 4 a 1, pelo Campeonato Equatoriano.

CONDIÇÕES FÍSICAS DE RAFINHA

Rafinha teve um tremendo trabalho contra o Athletico, ainda mais que o insinuante Rony caíra pelo seu setor. Ofensivamente, apoiou bem, inclusive com um cruzamento preciso para Lincoln, em bola que bateu na trave.

No entanto, com o maior volume de jogo dos paranaenses no segundo tempo, Rafinha teve dificuldades nas recomposições, tanto que viu Rony empatar o placar nas suas costas, no posicionamento mais adiantado da última linha. O camisa 13 pediu para sair nos minutos finais e externou a necessidade por um descanso para que não comprometa no próximo mata-mata.

PROTAGONISMO DE DIEGO EM XEQUE

Camisa 10 e capitão, Diego Ribas foi um dos destaques do Flamengo contra o Athletico, enquanto teve fôlego para cumprir a função de segundo volante. Apesar da atuação consistente ao longo dos 90 minutos, o meia ficou marcado pelo desperdício de pênalti, na abertura da série. Um chute fraco no meio, com defesa fácil de Santos, fez parte da torcida apontá-lo como vilão da queda.

O protagonismo de Diego voltou a estar em xeque com outro pênalti decisivo perdido. Uma nova decisão no Maracanã se aproxima, uma vez que o jogo da volta contra o Emelec será dia 31 de julho. Caso jogue, Diego precisará chamar a responsabilidade e se redimir diante de sua torcida. Tarefa encardida para ele e todos do elenco.