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Luxa x Diniz: diferentes gerações e estilos, mas a mesma missão

20/07/2019 06h40

O Estádio de São Januário verá, na manhã deste sábado, um duelo entre um dos maiores vencedores e veteranos técnicos do futebol brasileiro e um dos mais jovens. Enquanto Vanderlei Luxemburgo é pentacampeão brasileiro, Fernando Diniz, no segundo clube na Série A, busca apenas a quinta vitória. No comando de Vasco e Fluminense, respectivamente, um estilo de gerações, mas o objetivo de se afastar da zona de rebaixamento em comum.

Luxa chegou há menos tempo, e tem sido elogiado pelo progresso que o Cruz-Maltino vem apresentando, apesar da derrota para o Grêmio, no último jogo. O estilo de jogo promovido por Diniz também é elogiado - e não é de hoje - mas a falta de bons resultados começa a pressioná-lo. O técnico vascaíno, quando apresentado, comparava os estilos.

- O que está acontecendo é o seguinte: eles têm os métodos deles, mas nós conhecemos o que eles estão fazendo. Eu acho legal o que o Diniz e o Sampaoli estão fazendo, mas não é novidade. A gente conhece isso - afirmou, há pouco mais de dois meses. E completou:

- Porque, no futebol, o que interessa é ganhar, fazer gol. Se o time do Diniz não ganha, você vai dizer para ele: "Pô, Diniz, seu time gira, gira, gira, roda que nem uma baiana e não faz gol?" Não é verdade?" - avaliou, à época.

Apesar do mesmo número de pontos (nove) na tabela, a situação de Luxemburgo é menos preocupante do que a de Fernando Diniz. No lado visitante do duelo, são cinco jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro. Mas os jogadores garantem empenho para afastar a equipe das Laranjeiras do Z4 e, consequentemente, diminuir as críticas sobre o treinador.

- O grupo inteiro tem ciência da pressão que ele sofre e sabemos que no Fluminense é grande. Viemos jogando bem, mas temos que focar em ganhar as partidas e somar pontos. Temos que estar na parte de cima. O Diniz é um cara especial, nos trata com bastante atenção e carinho, independentemente da pressão que vem sofrendo. O grupo reconhece isso, abraçou ele desde que chegou aqui. O grupo passa bastante tranquilidade para ele, para que possamos buscar os resultados que precisamos - explicou o goleiro Agenor.

Apesar de se tratar de um clássico, um eventual empate é ruim para ambos. O Vasco venceu os dois jogos na temporada, mas atuará em casa, com o apoio do estádio de São Januário lotado. O Fluminense, por sua vez, precisa transformar a reação em três pontos.

Problemas e soluções

Vanderlei Luxemburgo, o anfitrião, tem 67 e foi rejeitado pelo mercado de treinadores por mais de um ano, antes de acertar com o Vasco. Do outro lado, Fernando Diniz é um dos queridinhos dos novos tempos. Após o vice-campeonato paulista, em 2016, com o Grêmio Audax, passou pelo Athletico-PR e chegou ao Fluminense. Na equipe que acaba de contratar Nenê - que será titular - o problema é parecido do ocorrido em Curitiba.

- A coisa que mais incomoda no nosso time é criarmos e não concluirmos em gol. Isso está sendo o diferencial para deixarmos pontos pelo caminho. Temos jogadores com qualidade para finalizar, laterais agudos. Demos 23 chutes, produzimos muita coisa. O Diogo Silva foi o melhor jogador do Ceará na partida. Esperamos que a bola passe a entrar o quanto antes - torceu, após o empate com o Ceará, na última segunda-feira.

No Cruz-Maltino, a chegada de um veterano e a pausa no calendário fizeram bem. Os jogadores revelam que o ambiente melhorou. Yago Pikachu, por exemplo, é claro na observação: para ele, os anos de estrada de Luxa tem sido decisivos.

- Acho que a experiência conta por si só. Cada treinador que passou pelo Vasco tem sua característica de trabalhar, e ele veio para acrescentar. A experiência dele, o que ele passa no dia a dia é fundamental. Tivemos evolução desde aquele primeiro jogo dele, contra o Avaí, para o último, contra o Grêmio. O resultado, às vezes, não aparece, mas estamos no caminho certo e temos 28 jogos pela frente. Vamos engrenar na competição e brigar por coisas maiores - garante Yago Pikachu.