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Poços de Caldas confia na reinserção do goleiro Bruno a sociedade

16/08/2019 10h33

O Poços de Caldas FC está perto de anunciar a contratação do goleiro Bruno, que cumpre regime semiaberto domiciliar pelo homicídio de Eliza Samúdio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho.

Em contato com a reportagem do LANCE!, o presidente do clube, Paulo César da Silva, disse que a transferência não está concretizada devido a questões judiciais. O goleiro precisa de uma autorização da Justiça para treinar. Porém, o acerto deve ser anunciado nos próximos dias.

- A contratação, até este momento, não está finalizada. O acerto depende de questões judiciais, por motivos evidentes - disse.

O Poços de Caldas acredita que, com a chegada de Bruno, ele possa ser ajudado na reintegração a sociedade. O clube é conhecido por conta de seu projeto social, devido a sua fundação ocorrida de forma humilde, em um bairro na cidade mineira.

- A ideia de trazer o Bruno passa pelo projeto social do clube, pois acreditamos que nós possamos contribuir para a reinserção do atleta na sociedade, bem como aproveitar da boa relação dele com outros nomes no meio do futebol para dar ainda mais corpo ao projeto social da equipe.

Questionado pela repercussão da chegada do jogador, o diretor afirmou que a repercussão não surpreendeu a diretoria do time, fundado em 2007, com apenas 12 anos de fundação e que disputa a Segunda Divisão do Mineirão.

- As reações não surpreendem, nem as de críticas, nem as de apoio à contratação. Sabíamos que é uma chegada que causa repercussão, mas estamos preparados - finalizou.

Relembre o caso

Bruno foi preso em setembro de 2010 e condenado em março de 2013 pelo homicídio de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. As penas válidas são de 20 anos e 9 meses de prisão.

Em fevereiro de 2017, o goleiro chegou a ser solto por uma liminar do Superior Tribunal Federal (STF) e voltou a jogar futebol, quando jogou a segunda divisão do Campeonato Mineiro pelo Boa Esporte de Varginha, mas teve a prisão pedida novamente pela Justiça.

Mais de dois anos depois, em julho de 2019, o juiz Tarciso Moreira de Souza, concedeu a progressão de regime para o semiaberto. A decisão veio após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) anular uma falta grave que havia sido imputada a Bruno por infrações no tempo em que exercia trabalho externo. Na ocasião, a decisão foi tomada em cima de denúncia por encontro com mulheres em suposto bar em Varginha.