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Com elenco envelhecido, Brasil tenta manter hegemonia no último Mundial da 'era Falcão'

Melhor jogador das duas edições anteriores, Falcão disputa último Mundial pelo Brasil - Sergio Moraes/Reuters
Melhor jogador das duas edições anteriores, Falcão disputa último Mundial pelo Brasil Imagem: Sergio Moraes/Reuters

Do UOL, em São Paulo

01/11/2012 06h00

Maior campeão da história, o Brasil inicia a busca por seu sétimo título da Copa do Mundo de futsal nesta quinta-feira, às 12h (horário de Brasília), contra o Japão (com lance a lance no Placar UOL). Comandada por Marcos Soratto, a seleção nacional vive o último Mundial na ‘era Falcão’ e tenta manter sua hegemonia na modalidade com um time de elevada média de idade.

Eleito o melhor jogador das últimas duas Copas do Mundo, Falcão chega ao torneio disputado na Tailândia com 35 anos. Ainda sem um substituto à altura na seleção brasileira, o craque precisou superar problemas físicos para conseguir integrar o time nacional e espera fechar sua participação em Mundiais com seu segundo título.

"A galera precisa acreditar, torcer muito pela gente. Tenho certeza que vai ser um Mundial especial e quem está no Brasil precisa passar essa força positiva para a gente. Nossa equipe chega muito bem preparada, estou muito confiante e espero que o torcedor brasileiro também confie", disse Falcão.

Mesmo sendo o atual campeão e apontado como favorito ao título ao lado da Espanha, o Brasil chega à Copa do Mundo sem a aura de ‘imbatível’ de outros anos. Durante a Copa América, eliminatórias para o Mundial, acabou surpreendido pelo Paraguai nas semifinais e ficou apenas em terceiro lugar. Na fase preparatória, sofreu para vencer um combinado de atletas da liga japonesa por 6 a 3.

Provar que os resultados surpreendentes foram acidentes de percurso é o desafio de um elenco envelhecido, com média etária de quase 32 anos. O jogador mais jovem da seleção brasileira é o goleiro Guita, com 25 anos.

ESPANHA: A MAIOR AMEAÇA AO TÍTULO BRASILEIRO

É a grande rival do Brasil na briga pelo título. Chega embalada pela conquista de seu sexto título europeu, o quarto consecutivo, e aposta no bom desempenho de Sergio Lozano, do Barcelona, eleito o melhor jogador da última liga espanhola.

Doze dos 14 atletas que se sagraram campeões europeus permanecem na seleção, que não contará com o veterano goleiro Luis Amado, que anunciou sua aposentadoria em agosto e será substituído por Rafa Fernandez. O pivô Rafa Usín e o naturalizado pivô brasileiro Fernandão são outros destaques. Na fase preparatória, goleou a Malásia por 15 a 0.

RÚSSIA E ITÁLIA TAMBÉM APARECEM COMO CANDIDATOS AO TÍTULO

RÚSSIA

Chega como principal candidata a encerrar o domínio Brasil-Espanha no futsal. Na última Eurocopa, quase surpreendeu os espanhóis na decisão, que foi decidida apenas na prorrogação. O título quase veio no tempo normal, mas os russos sofreram o empate a 35s do fim e acabaram sucumbindo em sequência.

A base da seleção russa tem origem verde-amarela. Cinco jogadores do país são brasileiros naturalizados, com destaques para Gustavo, Cirilo e o artilheiro Pula, principal goleador do Mundial de 2008.
ITÁLIA

Terceira colocada na última edição, a Itália tem tradição de boas campanhas em Mundiais e chega novamente sonhando com seu primeiro título. Se em 2008 o time contou com 12 brasileiros naturalizados, desta vez o técnico Roberto Menichelli convocou ‘apenas’ sete jogadores de origem verde-amarela.

Apesar de manter a grande quantidade de brasileiros na equipe, a Itália renovou praticamente todo seu elenco. Os únicos remanescentes do último Mundial foram Márcio Forte e Saas Assis, destaques nas eliminatórias europeias.

PARAGUAI E ARGENTINA CORREM POR FORA

Chegam como ‘azarões na briga pelo título. Campeão em 1988, antes do torneio ser organizado pela Fifa, o Paraguai surpreendeu ao eliminar o Brasil nas semifinais da última Copa América e só perdeu na decisão para a Argentina, uma das únicas três equipes a participar de todas as edições do Mundial.

Oito jogadores paraguaios atuam no futsal italiano, com destaque para os gêmeos Emmanuel e Gabriel Ayala, além de Oscar Velázquez. A Argentina aposta no fixo Leandro Planas e no goleiro Santiago Elías, que brilharam na última Copa América.