Iraniana é autorizada disputar Mundial de Futsal apesar do veto do marido
A capitã da seleção iraniana feminina de futsal recebeu a autorização da justiça para disputar o Mundial da modalidade na Guatemala, apesar da oposição do seu marido, anunciou nesta segunda-feira a televisão estatal.
Em setembro, o esposo de Niloofar Ardalan a impediu de viajar a Malásia para disputar o campeonato asiático, sob o pretexto que o filho do casal, de sete anos, estava prestes a entrar no colégio.
Apesar da ausência da sua capitã, o Irã conseguiu vencer o torneio.
De acordo com a lei iraniana, uma mulher precisa da autorização do marido para deixar o país.
A decisão da justiça acabou favorecendo Ardalan, que poderá competir na Guatemala, dos dias 24 a 29 de novembro.
"Minha presença só foi possível com a permissão do procurador. Fui autorizada a deixar o país somente para uma viagem", explicou a jogadora num programa de TV iraniano.
Em setembro, ela já tinha avisado que, como "mulher muçulmana", queria levar "ao mais alto a bandeira" do seu país. "Não queria ir a Malásia por diversão", justificou na época.
Ardalan pediu para que "as autoridades aprovem a lei para que as atletas possam defender seus direitos neste tipo de situações".
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