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Brasil termina Mundial por equipes sem medalhas

Tiago Camilo defende o Brasil no Mundial por equipes na Rússia - IJF Media by G. Sabau and Zahonyi
Tiago Camilo defende o Brasil no Mundial por equipes na Rússia Imagem: IJF Media by G. Sabau and Zahonyi

Do UOL, em São Paulo

31/08/2014 09h02

O Mundial de Chelyabinsk, na Rússia, não terminou em alta para o Brasil. A seleção brasileira, que terminou em terceiro lugar no quadro de medalhas das disputas individuais, com quatro medalhas (Mayra Aguiar, Maria Suelen Altheman, Érika Miranda e Rafaael Silva), acabou fora do pódio no último dia, na disputa por equipes. O time masculino terminou em quinto lugar. O feminino perdeu na estreia.

O histórico do Brasil na competição era muito bom: são oito medalhas por equipes, cinco de prata e três de bronze. A equipe masculina já tinha sido prata em Minsk-1998, Pequim-2007, Antalya-2010 e Paris-2011 e bronze em Tóquio-2008 e Salvador-2012. O feminino foi prata no Rio-2013 e bronze em Salvador-2012.

Neste domingo (31), porém, isso não valeu muito. Os homens chegaram a derrotar a França, favorita e com Teddy Riner lutando, mas perdeu para Alemanha, nas quartas de final, e Geórgia, na decisão pelo bronze. O ponto alto ficou por conta de Charles Chibana. Líder do ranking mundial dos meio-leves (66kg), ele venceu todos os combates que disputou.

Contusão complica time masculino

A estreia do Brasil foi boa. Contra os franceses, o placar foi de 3 a 2, com pontos marcados por Charles Chibana (líder mundial do ranking dos 66kg), Victor Penalber (que já liderou a lista dos 81kg) e Tiago Camilo (campeão mundial em 2007). Os únicos franceses a vencer foram o medalhista olímpico Ugo Legrand, que bateu Alex Pombo, e Riner, que bateu David Moura.

Na sequência, porém, o meio-médio Victor Penalber sentiu o joelho e complicou muito as coisas para a equipe. Contra a Alemanha, sentindo a contusão, o carioca perdeu para Sven Maresch, em confronto decisivo. Alex Pombo e Tiago Camilo também perderam, definindo os 3 a 2 para a Alemanha.

No confronto seguinte, na repescagem, os brasileiros fizeram um duelo mais tranquilo contra Cuba, apesar do placar de 3 a 2. As duas equipes tinham apenas quatro atletas. Penalber já estava fora do Mundial. Cuba não tinha representante na categoria médio, já que Asley Gonzalez, o principal nome desse peso por lá, não se recuperou de uma lesão no ombro a tempo do Mundial. Com isso, foram necessárias apenas duas lutas para que o Brasil vencesse. Charles Chibana não teve dificuldade contra Javier Pena e Alex Pombo teve um confronto duro, mas projetou Gilberto Solar. Rafael Silva perdeu de Oscar Brayson, mas a vitória já estava garantida.

Contra a Geórgia, novamente com um a menos, Chibana venceu Nugzari Tatalashvili, mas Alex Pombo (eliminado ao aplicar um golpe ilegal no golden score) e Tiago Camilo sofreram contra a força dos europeus, definindo a derrota.

Sem medalhistas, mulheres decepcionam

Nenhuma das três brasileiras que subiram ao pódio em Chelyabinsk foi escalada para o primeiro confronto da chave feminina do Mundial por equipes. Sem suas atletas em melhor momento, porém, elas acabaram surpreendidas pela Polônia.

Campeã olímpica, Sarah Menezes mostrou que Chelyabinsk realmente não traz sorte: como na competição individual, ela foi derrotada em sua estreia, por Karolina Pienkowska. Como atenuante, a rival luta na categoria até 52kg. Sarah, até 48kg.

Na sequência, a campeã mundial de 2013, Rafaela Silva, também decepcionou. Ela perdeu para Arleta Podolak, campeã mundial júnior. Neste momento, o Brasil perdia de 2 a 0 e já tinha colocado em jogo suas duas maiores apostas. A pressão acabou sendo forte demais para as demais atletas. Rochelle Nunes, que lutou no lugar da machucada Maria Suelen, e Maria Portela, que foi para a Rússia só para a competição por equipes, também perderam. A única vitória foi de Mariana Silva.