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Também lesionada, Rafaela Silva troca mensagens com Neymar

Rafaela Silva morde a medalha de ouro olímpica que ganhou na Rio-2016 - David Ramos/Getty Images
Rafaela Silva morde a medalha de ouro olímpica que ganhou na Rio-2016 Imagem: David Ramos/Getty Images

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

26/03/2018 04h00

Neymar e Rafaela Silva se conhecem de outros carnavais. Eles, que se falaram durante grandes competições, agora mantêm contato por causa de outro assunto em comum. “Mandei algumas mensagens. Falei basicamente que também estou vivendo um momento pós-cirúrgico. A gente precisa destes obstáculos para poder crescer”, contou a judoca.

O primeiro contato conhecido entre eles ocorreu em 2012, quando a judoca foi massacrada pela eliminação nas Olimpíadas de Londres. Ela se emocionou porque, no meio daquela furação, recebeu uma mensagem de apoio de Neymar. O mundo deu voltas e ambos conquistaram a medalha de ouro na Rio-2016.

Rafaela experimentou preconceito e racismo, mas nunca tinha sofrido uma lesão séria. A cirurgia foi realizada em janeiro deste ano e o que veio depois também desagradou bastante a judoca. Ela conta que ficou para baixo no começo da recuperação.

“Eu sou atleta, sou hiperativa E três semanas fazendo fisioterapia, sem poder estar no tatame! Parece que, do nada, a gente fica inválida. Só de voltar há duas semanas já estou com uma energia muito boa. (A lesão) Mostrou que eu gosto muito de judô”.

Sonho com o bi olímpico

O retorno às competições já tem data marcada. Em maio, Rafaela viaja à China e volta a lutar. Apesar de não ter chegado ao pódio nos principais campeonatos do ano passado, ela continua com ranking para ir à Olimpíada de Tóquio-2020. O objetivo é garantir a vaga e poder sonhar com outro ouro.

“Difícil falar porque a Olimpíada é daqui dois anos, mas nada é impossível. Não só no Brasil, mas em outros países é difícil um atleta ser bicampeão olímpico. Ainda mais consecutivo. Eu tenho que treinar o dobro do que treinei para o Rio. Serei mais visada por ser atleta campeã olímpica.”

Rafaela conta que a vida mudou depois do título em 2016. “Quando passo na rua, sou reconhecida. No treino, a criança chegar próximo e estar com o olho brilhando, querer segurar no quimono. É uma energia boa para treinar e competir”.