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Com encenação e acrobacias, show de luta gera euforia e bate recorde

John Cena se vingou da derrota para o "The Rock" em 2012 e faturou o cinturão do WWE - Divulgação
John Cena se vingou da derrota para o "The Rock" em 2012 e faturou o cinturão do WWE Imagem: Divulgação

Rodrigo Farah

Do UOL, em Nova Jersey (EUA)*

08/04/2013 07h00

Os socos e chutes são ensaiados como verdadeiros movimentos de dança. Os berros são exagerados, e os resultados são combinados. Mas apesar de ser uma encenação, o WWE entrega tudo aquilo o que promete: uma experiência única em entretenimento esportivo. No último domingo à noite, a liga de luta livre profissional reuniu 80.676 mil pessoas no estádio MetLife, em Nova Jersey (EUA), e fez do WrestleMania 29 o maior evento de lutas da década.

Mesmo sendo de “mentirinha”, os combates levaram o público ao delírio. Os milhares de fãs presentes no show berraram, pularam e até choraram em meio à vitória ou derrota de seu lutador favorito. Tudo isso embalado por atrações pirotécnicas, um cenário gigantesco e outros elementos teatrais para agradar aos torcedores – sem mencionar um show do rapper americano Sean “Diddy” Combs no intervalo.

A princípio, o WWE tinha expectativa de contar com a presença de até 90 mil pessoas na arquibancada, conforme foi anunciado, mas a montagem completa do cenário impediu que o número fosse atingido. Além do ringue e dos telões, o show contou com réplicas gigantes de pontos turísticos de Nova York, como o Empire State Building e a ponte do Brooklyn. Ainda assim, o número foi suficiente para deixar o WrestleMania 29 como o maior evento de lutas do mundo nos últimos dez anos.  

O card foi protagonizado pelo confronto das duas principais estrelas da franquia: o astro hollywoodiano Dwayne “The Rock” Johnson e John Cena, que interpreta o personagem de bom moço americano. Melhor para Cena, que se vingou da derrota para o ator no ano passado e faturou o cinturão do WWE pela 11ª vez na carreira, ampliando seu legado como recordista absoluto da franquia.

No fim, boa parte dos confrontos se resume a uma trama bem simples. Um lutador bonzinho enfrenta um malvado, mas nem sempre o atleta do bem é o favorito dos torcedores. Após uma série de chances “desperdiçadas”, um deles leva a melhor depois de levar o outro à exaustão.

Vale ressaltar que apesar de serem encenados, os combates exigem movimentos de nível técnico altíssimo dos participantes, com direito a acrobacias e golpes originados de outras modalidades, como boxe e jiu-jitsu, por exemplo. Outro elemento divertido é o jogo-sujo que alguns wrestlers apelam para vencer, como as tradicionais porradas com cadeira de metal. 

Foi exatamente o que aconteceu com o gigante Brock Lesnar, que enfrentou Triple H em uma luta “sem regras”. O ex-campeão dos pesados do UFC levou até golpes de marreta do adversário e acabou derrotado em um confronto que teve ainda cadeiradas e o uso de uma escada de metal como arma.

Em outro duelo da noite, o veterano de 48 anos Undertaker conquistou sua 21ª vitória consecutiva em eventos WrestleMania ao superar CM Punk em um duelo aplaudido de pé pelos aficionados no estádio.

Na verdade, o WrestleMania começou dias antes dos combates em si, com uma série de atrações para os fãs ao longo da semana. No último sábado à noite, por exemplo, o Madison Square Garden contou com a presença de mais de 12 mil pessoas para a cerimônia de inclusão de alguns veteranos no Hall da Fama. Tudo isso para elevar o evento de domingo, que virou uma tradição da cultura americana.

*O repórter viaja a convite da organização

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