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Wanderlei 'esquece' Belfort, promete show em BH e diz que reality lhe deu novo fôlego

Wanderlei Silva comemora vitória por nocaute contra Cung Le no UFC 139, em 2011 - UFC/Divulgação
Wanderlei Silva comemora vitória por nocaute contra Cung Le no UFC 139, em 2011 Imagem: UFC/Divulgação

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

18/06/2012 12h00

O curitibano Wanderlei Silva é uma lenda do vale-tudo - hoje mais conhecido como MMA - após uma carreira repleta de conquistas no Japão. Mas 2012 representou uma nova vida para o veterano de 35 anos e um redescobrimento em direção a um novo público. Um dos técnicos da primeira edição brasileira do reality show do UFC, o The Ultimate Fighter (TUF), ele afirma que os acontecimentos do ano lhe deram um novo fôlego para seguir com a carreira ativa.

Entre estes ocorridos esteve não só o fato de levar o MMA à TV aberta no programa e poder mostrar a modalidade a um novo grupo de espectadores, mas a mudança de rivais para o UFC 147, deste sábado. Ele enfrentaria o técnico rival do TUF, Vitor Belfort, mas uma lesão mudou o duelo e ele faz outra revanche, agora contra Rich Franklin.

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“Eu ainda vou ter que lutar com o Vitor, vamos ver o que o UFC vai decidir, mas com certeza isso dá um fôlego maior para eu prolongar minha carreira. O TUF foi um marco, e minha meta é sempre participar de grandes lutas, como será agora em Belo Horizonte”, afirmou o paranaense, ao UOL Esporte. Ele perdeu para Belfort no primeiro encontro entre eles, em 1998, e desde então os fãs das artes marciais mistas aguardam um segundo combate.

“O Vitor é passado e futuro. Ele passou, agora só quero falar dele quando voltar a ser meu adversário”, decretou o ex-campeão do Pride, que teve muitos atritos com Belfort. O principal foi quando o carioca casou uma luta entre dois amigos, algo que gera polêmica entre os lutadores, provocando muita discussão dentro e fora do reality.

Apesar de lamentar a mudança de rival, Wanderlei afirma que a opção por Rich Franklin foi benéfica. O paranaense temia que um adversário de pouco nome não suprisse a expectativa do UFC 147, que já sofreu um enorme baque quando mudou do Rio para BH e perdeu o combate Anderson Silva x Chael Sonnen para Las Vegas.

A revanche contra Franklin diz respeito a uma derrota de Wanderlei em 2009, em um combate que foi premiado como “Luta da Noite”. Como lhe é comum, o brasileiro espera mais um espetáculo e, se possível, outro bônus. Ele busca sua segunda vitória seguida, após bater Cung Le por nocaute no fim de 2011.

“Eu fiquei pronto para esta luta uma semana antes dela, sem lesões. O Franklin é um camarada duro, foi o último campeão (dos médios) antes do Anderson e é um rival à altura da ocasião. Espero poder proporcionar um show e, se vier o checão de US$ 70 mil, será ótimo”, brincou Wanderlei, animado a voltar a lutar no Brasil, após 12 anos.

“Vai ser muito legal ter toda a torcida para mim, faz mais dez anos que o pessoal está esperando. Agora, quero vencer para os meus fãs. Não vejo a hora!”, completou ele.

Apesar da performance avassaladora no Pride, quando ficou mais de quatro anos sem perder, Wanderlei Silva caiu de produção no final de sua passagem e em sua entrada no UFC. O lutador seguiu dando espetáculo em lutas contra astros do nível de Franklin, Quinton Rampage e Chuck Liddell, mas os resultados teimaram em não vir.

Nas últimas nove lutas, Wanderlei Silva teve apenas três vitórias e agora tem a primeira chance nesta série de engatar dois triunfos consecutivos e mais uma vez afastar os rumores de que sua aposentadoria está próxima. Se depender dele e de Vitor Belfort, ao menos algumas páginas da história do lendário lutador ficarão em branco, aguardando para ser escritas após o UFC 147, no Mineirinho.