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Após polêmicas, Jones e Belfort têm debate espiritual: 'é uma luta de irmãos em Cristo'

O ex-campeão Vitor Belfort enfrenta Jon Jones no próximo dia 22, em Toronto, no Canadá - Suchat Pederson/AP
O ex-campeão Vitor Belfort enfrenta Jon Jones no próximo dia 22, em Toronto, no Canadá Imagem: Suchat Pederson/AP

Do UOL, em São Paulo

11/09/2012 16h18

O UFC 152, que acontece no dia 22 de setembro no Canadá, chegará cheio de polêmicas devido ao cancelamento da edição 151. Mas, nesta terça-feira, Jon Jones e Vitor Belfort deixaram de lado por alguns instantes este tema. Durante uma conferência de imprensa por telefone, eles acabaram debatendo sobre religião e, como ambos são cristãos, acabaram achando algo em comum longe do mundo das lutas antes de se enfrentarem dentro da jaula do Ultimate.

O campeão dos meio-pesados, Jones, foi questionado sobre suas crenças religiosas, as de seu rival, e se isso não era contraditório num esporte como o MMA.

“Não acho que Deus me dê vantagem na hora de lutar. Ele me ajuda a ter uma vida boa e eu tento construir essa relação mais próxima com Cristo”, filosofou Jones, que disse respeitar Vitor por ser um cristão. “Minha vida seria uma loucura se eu não acreditasse. Para a luta, não vejo contradição, Deus apoiará os dois. É uma questão de quem quer vencer mais, quem treinou mais.”

Os temas religiosos são comuns para Vitor Belfort, que gostou de falar do assunto e também apreciou a visão de seu rival: "bela resposta", afirmou o brasileiro, animado.

“Para mim é uma honra lutar contra um campeão como Jon Jones, que acredita no mesmo que eu. Para mim, cristianismo não é uma religião, é uma forma de relacionamento. Será uma luta de irmãos em Cristo”, disse o brasileiro. “Jesus só espera uma coisa: ele quer que você faça o seu melhor.”

Vitor: ‘hoje luto por prazer’

O brasileiro, ex-campeão dos meio-pesados e substituto de Dan Henderson após várias recusas e mudanças no card deste UFC, afirmou que o importante em enfrentar Jon Jones é que hoje em dia ele pode “aproveitar a jornada”.

“Eu lutei ao mesmo tempo em que Dan Severn, Mark Coleman. Sou um jovem dinossauro. Eu adoro desafios e não entendo quem recuse lutas. Vou fazer isso pela organização (UFC) e pela jornada. Não penso em dinheiro, ou na carreira, vou para competir e vencer”, afirmou Belfort.

Segundo o brasileiro, nos velhos tempos ele tinha a pressão de vencer para não ser demitido. Hoje aos 35 anos, o carioca vê a chance de optar pelos grandes combates em busca de mais um cinturão até sua aposentadoria, programada para quando completar 40 anos.