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Psiquiatra é condenado cinco anos após a morte de Ryan Gracie, diz site

Do UOL, em São Paulo

14/11/2012 16h17

Em um caso que gerou grande polêmica, o lutador Ryan Gracie morreu no dia 15 de dezembro de 2007, em uma prisão de São Paulo. Cinco anos depois, o psiquiatra Sabino Ferreira de Farias Netto, acusado de negligência e de causar a morte por excesso de remédios, foi condenado por imprudência. Ele vai cumprir dois anos de serviços comunitários, de acordo com o site da revista Tatame.

“Felizmente, depois de mais de cinco anos e uma luta diária para provar a culpa desse irresponsável que se denomina médico e se intitula também como um dos melhores do mundo, chegamos ao fim de uma grande batalha”, afirmou Flávia Gracie, irmã de Ryan, à Tatame.

Ryan era considerado uma das grandes revelações da família Gracie, clã que espalhou o jiu-jítsu brasileiro e que também foi um dos responsáveis pela criação do UFC. No vale-tudo, ele chegou a disputar sete combates no Pride, do Japão, com cinco vitórias e duas derrotas.

No entanto, também se envolveu em diversas polêmicas. Em 14 de dezembro de 2007, ele foi preso após roubar um carro em São Paulo e tentar fugir da polícia. Em seguida, foi encontrado morto na carceragem, e o Instituto Médico Legal culpou uma combinação de remédios e drogas.

  • O psiquiatra Sabino Ferreira de Farias Neto foi condenado por imprudência após a morte de Ryan, que estava preso em São Paulo e foi encontrado morto na cela em que estava detido

“Sei que é uma pena muito branda diante de uma vida, mas nós nos sentimos vitoriosos por provar que ele é um irresponsável e assassino, e com isso impedir que ele venha a cometer outros crimes e a devastar a vida de outras famílias”, completou Flávia, que ainda pede para que ele perca o direito de exercer a psiquiatria.

Entenda o caso

Em dezembro de 2007, Ryan Gracie, de 33 anos, foi preso em São Paulo, no 91º DP, por tentar roubar um Toyota Corolla e tentar roubar mais um carro e uma moto no Itaim Bibi (zona oeste da capital). Ryan foi acusado de agredir um idoso de 76 anos para roubar o carro. Armado com uma faca, ele bateu o veículo e ainda teria partido para roubar uma Fiorino e  depois uma moto, mas foi dominado por motoboys.

De acordo com os primeiros relatos de Sabino, Ryan teria usado cocaína, maconha e Frontal (medicamento contra ansiedade) na ocasião. Colocado sozinho em uma cela por apresentar confusão mental, o lutador recebeu medicamentos, como tranquilizantes e antipsicóticos, e a princípio sua morte foi tratada como uma parada cardiorespiratória provocada por overdose de cocaína.

Anos antes, em 2000, Ryan havia sido preso por esfaquear uma pessoa em uma briga, em uma boate no Rio de Janeiro.