Topo

MMA


Palco do UFC SP, Ibirapuera acumula histórico de problemas em eventos esportivos

Ginásio do Ibirapuera sediará o UFC São Paulo no próximo sábado, dia 19 - Marcelo Ferrelli/inovafoto
Ginásio do Ibirapuera sediará o UFC São Paulo no próximo sábado, dia 19 Imagem: Marcelo Ferrelli/inovafoto

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

14/01/2013 06h00

Escolhido para sediar a edição do UFC em São Paulo, no próximo sábado, dia 19, o Ginásio do Ibirapuera não tem um histórico muito bom na realização de eventos esportivos. Nos últimos grandes eventos que recebeu, o local sofreu com problemas de estrutura e até de climatização, que causaram críticas de astros internacionais, inclusive.

No mais recente episódio, o tenista Roger Federer, número um do mundo, classificou o Ibirapuera como "velho". Em dezembro, durante a Federer Tour, os tenistas e espectadores sofreram bastante com o calor dentro do ginásio, já que não havia ar condicionado. A situação gerou um desconforto até mesmo na organização do evento, que criticou a infraestrutura e cogitou tirar o Tour do Ibirapuera em uma próxima edição. 

No UFC, por exemplo, o calor pode interferir diretamente no desempenho dos lutadores, já que o desgaste dentro do octógono acaba sendo ainda maior. No sábado, porém, é certo que não haverá esta preocupação. Para usar o espaço, a IMX, empresa responsável pelo UFC SP, aluga o Ibirapuera e assume as responsabilidades de organização, tal como a ventilação.

Em 2011, no Mundial feminino de handebol, um problema escancarado no Ibirapuera foram os entulhos espalhados pelos entornos do ginásio, que passara por reformas e ajustes finais para a competição. O despreparo de alguns voluntários também chamou a atenção, especialmente na orientação aos torcedores e imprensa. 

Mas foi em 2004, durante o Mundial feminino de basquete, o problema que mais chamou a atenção: as goteiras. Na ocasião, a Fiba (Federação Internacional de Basquete) chegou até mesmo a ameaçar que caso o telhado não passasse por ajustes as partidas poderiam ter o local alterado. Uma obra de emergência foi feita, com investimento de aproximadamente R$ 170 mil. O mesmo problema, porém, voltou a aparecer durante a Copa do Mundo de Ginástica, em dezembro do mesmo ano.

No fim de 2010, o Ginásio do Ibirapuera passou por uma ampla reforma, que durou aproximadamente cinco meses, para corrigir as diversas falhas que haviam e que afastavam eventos internacionais importantes da capital paulista. 

No sábado, os torcedores que forem ao Ibirapuera torcer pelos lutadores brasileiros poderão sofrer com a falta de transporte para retornar para suas residências, caso o número de veículos disponíveis seja parecido com o que se viu no Federer Tour. Na ocasião, muitos foram os relatos dos longos tempos de espera para se conseguir um taxista disponível em pontos nas imediações. 

Ao longo da semana passada, a reportagem do UOL Esporte tentou contato por diversas vezes com os responsáveis pelo Ginásio do Ibirapuera para comentar os problemas passados e o que seria feito para previni-los durante o UFC. Nenhum deles, porém, foi localizado.