Topo

MMA


Cigano espera Velásquez 'bravo' para revanche e rechaça status de imbatível

Cigano nocauteou Cain Velásquez em novembro e vai lutar a revanche no 2º semestre - Evelyn Rodrigues/UOL
Cigano nocauteou Cain Velásquez em novembro e vai lutar a revanche no 2º semestre Imagem: Evelyn Rodrigues/UOL

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

14/06/2012 11h00

Depois de conquistar o cinturão em 64 segundos contra Cain Velásquez e defender o título com uma atuação avassaladora contra Frank Mir, Júnior Cigano foi muito elogiado por rivais e dirigentes, ganhando uma aura de imbatível com seu atual jogo baseado no boxe. Apesar disso, o catarinense mantém a humildade: ele afirma que não se vê como invencível e que espera um Velásquez mordido para seu próximo combate.

“Ele vai vir bravo”, brincou o catarinense, em coletiva de imprensa na terça-feira. “Eu acho que o Velásquez vai aparecer da mesma forma que enfrentou o Pezão. Ele não brincou em nenhum momento. Se mostrou muito sério, desde a pesagem.”

  • Médico diz que Chael Sonnen, rival de Anderson, sofre de hipogonadismo por uso de esteroides

  • UFC pede cautela após 'boom' de lesões, mas especialistas dizem que é difícil evitá-las

  • Cigano critica 'doping legal' de Chael Sonnen, e pede exames de sangue no UFC

O norte-americano fez um duelo sangrento contra o brasileiro Antonio Silva no UFC 146, mesmo evento em que Cigano bateu Frank Mir. Com um cotovelada ainda no início da luta, ele abriu um grande corte na cabeça do brasileiro e isso lhe deu vantagem para nocautear, em seu primeiro combate desde o revés contra o catarinense, em novembro de 2011.

Devido ao revés tão rápido contra Cigano, Velásquez deve ficar mais atento, segundo o campeão. “Ele não quer errar numa revanche. Com certeza vai querer me derrubar, como fez com o primeiro chute que o Pezão deu”. O norte-americano é conhecido pelo jogo de wrestling, que não veio à tona no primeiro encontro entre eles.

O catarinense - criado no mundo das lutas na Bahia, já depois de seus 20 anos - mantém os pés no chão em relação ao futuro e explica que por meio dos treinos quer manter sua posição no topo dos pesados do UFC.

“Ninguém é invencível. O que traz a vitória é o merecimento e o trabalho. Você pode ter o talento que for, mas tem que trabalhar e focar no seu objetivo. Eu não me considero o melhor em nada, mas dou o meu melhor em tudo. Por isso estou colhendo o que plantei”, afirmou Cigano.

O campeão dos pesados do UFC fará uma revanche contra o norte-americano no segundo semestre. O UFC estuda colocar a luta em setembro, no UFC 152, mas Cigano considera difícil a data ser mantida, pelo pouco tempo de preparação até lá.

Para o catarinense, uma preparação ideal precisa de dois meses e meio de duração. Como ele tem compromissos fora dos treinos com o UFC até julho, espera por um prazo maior para voltar a lutar. Outro problema seria uma lesão na mão de Velásquez. Ele foi suspenso por seis meses após o combate com Pezão, mas uma reavaliação pode garantir uma liberação mais cedo.