Topo

MMA


Rivalidades, polêmicas e nocautes: 7 fases marcantes de Wanderlei Silva

Do UOL, em São Paulo

22/09/2014 12h01

Wanderlei Silva chutou o balde: anunciou sua aposentadoria e ainda detonou o UFC em um vídeo publicado na sexta-feira. Uma das maiores estrelas de todos os tempos no vale-tudo e no MMA, principalmente por suas conquistas no Pride, o curitibano vai deixar saudade em fãs e até em rivais, vide o apoio que recebeu nas redes sociais quando a notícia explodiu e pegou a todos de surpresa.

Para quem vai ficar na saudade do “Cachorro Louco”, o UOL Esporte separa sete de seus principais momentos como lutador, numa história recheada de vitórias emocionantes, rivalidades exacerbadas e muitas, muitas mesmo, polêmicas.

O começo: lutas sangrentas no IVC

Wanderlei Silva forjou seu jeito ‘brigador de rua’ com muay thai e kickboxing. A disciplina, ele adquiriu no Exército. E a fama começou a aparecer logo nos primeiros combates, no Brazilian Vale Tudo e, principalmente, no IVC. Sem luvas, ele nocauteou rivais violentamente, em eventos em que realmente tudo era possível. Foram estas lutas que o levaram ao UFC, brevemente, e ao Pride. Na primeira participação no IVC, ele fez três combates na mesma noite e só perdeu o último, para Arthur Mariano, por conta de um corte no rosto.

Cabeça da Chute Boxe

Em outras épocas, as academias de vale-tudo/MMA tinham um papel mais forte e a rivalidade era grande entre times. O mais famoso deles foi a Chute Boxe. Wanderlei Silva foi o maior expoente da fase de ouro da equipe, seguido por Maurício Shogun e Anderson Silva, que até perdeu espaço por conta do sucesso do “Cachorro Louco”.

Foto de 2012 mostra os lutadores do UFC Anderson Silva, Wanderlei Silva e Cristiano Marcello em "excursão" para o Japão, para disputa do Pride - Divulgação/Instagram - Divulgação/Instagram
Foto de 2012 mostra os lutadores do UFC Anderson Silva, Wanderlei Silva e Cristiano Marcello em "excursão" para o Japão, para disputa do Pride
Imagem: Divulgação/Instagram

Surge o Mr. Pride

Só comparável a Fedor Emelianenko, Wanderlei Silva se transformou em uma lenda por seus anos no Pride. Ele virou ídolo no Japão por suas performances memoráveis e pela série invicta de quatro anos que teve por lá, batendo nomes como Dan Henderson, Kazushi Sakuraba – a quem bateu três vezes - e Rampage para colecionar o cinturão e o título do GP dos pesos médios. O público sabia que quando ele entrava no ringue, entregava uma luta emocionante, e por isso a idolatria em cima do brasileiro.

A trilogia com Rampage

Tanto quanto suas vitórias contra Sakuraba, a trilha de ódio deixada por ele e Rampage foi outro traço marcante da carreira de Wanderlei. Eles sempre se odiaram, trocaram provocações ásperas, chegaram a se desafiar e causar confusão em cima do ringue. Dentro dele, Wanderlei Silva começou melhor. Venceu o norte-americano duas vezes: em 2003 e 2004 usou suas joelhadas para arrasar o arquirrival. Rampage devolveu as derrotas no UFC 92, em 2008, quando nocauteou e apagou o brasileiro.

Altos e baixos no UFC

O último passo de Wanderlei foi entrar no UFC, que voltava a ocupar o posto de maior evento do momento. Já em uma fase de baixa, depois de perder para Cro Cop e Dan Henderson, ele chegou encarando Chuck Liddell e perdendo para o astro norte-americano. A passagem pelo Ultimate foi de altos e baixos. O pior deles foi uma derrota em menos de 30 segundos para Chris Leben. Entre os memoráveis, as vitórias contra Cung Le e Brian Stann, no seu estilo raçudo.

A rivalidade com Vitor Belfort

Um rival marcante na carreira de Wanderlei Silva foi Vitor Belfort. Primeiro, lá atrás, pela derrota sofrida contra o carioca, que o massacrou na primeira edição do UFC no Brasil, em 1998. A revanche sempre pairou no ar e ficou perto de acontecer em 2012, quando eles foram técnicos do TUF. Foi uma temporada quente do reality show, mas eles não voltaram a se enfrentar, porque Belfort machucou a mão e não pôde lutar.

O caso Chael Sonnen

Outra enorme rivalidade criada foi com Chael Sonnen. O primeiro episódio marcante entre eles foi a intimada que Wanderlei deu no falastrão, que andava falando abobrinhas sobre o Brasil. Wand aproveitou uma carona de carro que pegou com Sonnen e baixou um sermão, encerrando com uma lição: “respeito é bom e conserva os dentes”. Sonnen nunca deixou de provocar e a coisa virou tão grande que eles foram anunciados técnicos do TUF Brasil 3. E a briga esquentou a ponto de eles saírem na mão na filmagem. Só que o clímax, a luta entre eles, não aconteceu. Wanderlei é acusado de ter fugido de um teste antidoping, e ele foi retirado do card e detonado pelo UFC pelo ocorrido.