Bethe e Jéssica veem Ronda como responsável por revolução no MMA feminino
Ronda Rousey mudou a maneira como o MMA feminino é visto no mundo inteiro, inclusive por suas próprias praticantes. Essa é a constatação das brasileiras Jéssica Andrade e Bethe Correia, que entram no octógono neste sábado (10), no UFC 203. Para elas, tudo ficou diferente depois que a ex-campeã peso galo foi contratada em 2012 pelo Ultimate e dominou sua categoria por três anos: aceitação, profissionalismo, divulgação e reconhecimento são apenas alguns pontos.
Jéssica Andrade, que desceu recentemente para o peso palha do UFC (até 52 kg), considera que Ronda quebrou todas as barreiras para a prática do MMA feminino. “A Ronda é o marco do MMA feminino e ela conseguiu colocar o esporte lá em cima. Por causa dela podemos entrar e lutar tranquilas, porque nosso trabalho tem sido muito bem representado por ela. Sabemos que o que a gente faz lá dentro vai ter importância porque ela já mostrou isso. É uma pena que não a vemos lutar há muito tempo. Eu gosto muito dela. Quando estava no 61 kg queria lutar com ela”, disse.
“A galera vê hoje o MMA como uma profissão. A categoria do 61 kg é enorme no feminino e do 52 (kg) está crescendo. Tenho certeza que o UFC vai abrir outras categorias no feminino para Cris (Cyborg), a do 57 kg também. Acho que o UFC está esperando aumentar a categoria do 52 kg para primeiro. Tem crescido muito e tenho certeza que ainda vamos ver muita mulherada no MMA”, completou Jéssica que terá como rival a escocesa Joanne Calderwood no octógono neste sábado.
Rival direta de Ronda Rousey no peso galo (até 61 kg), Bethe Correia sentiu na pele o que é ser batida pela ex-campeã. Ela foi nocauteada em agosto de 2015 depois de apenas 34 segundos de luta, mas nem por isso deixa de reconhecer a importância da norte-americana para o MMA feminino. “Mudou a aceitação no esporte. O Dana White já falou que foi por causa da Ronda que ele abriu a categoria feminina. É um mérito dela”, comentou.
“Quando eu comecei era bem mais difícil, não tinha minha categoria feminina e era bem complicado ser lutadora na época e realmente fui muito criticada. Hoje, quando uma garota quer entrar no MMA a coisa é mais real, porque o UFC abriu as portas. Antes não tinha futuro”, analisou Bethe, que lutará contra Jessica Eye neste sábado (10).
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