Werdum promete voadora para fechar trilogia com holandês: "sou maloqueiro"
Fabrício Werdum está pronto para continuar sua busca pelo cinturão dos pesos-pesados (até 120 kg). No próximo sábado (8), no UFC 213, realizado em Las Vegas (EUA), o brasileiro reencontra o holandês Alistair Overeem pela terceira vez em sua carreira, sendo uma vitória para cada lado até o momento. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, ele não quis revelar sua estratégia, mas prometeu repetir sua famosa "voadora" no rival.
“A voadora tem que ter, né? Sou maloqueiro, né? (risadas). Ele (Overeem) já tomou uma voadora minha e vai tomar outra! Só não posso dizer quando vai ser. Quando tiver a oportunidade, vou fazer. Ele vai estar esperando por isso, tem que ter o tempo certo para acontecer”, contou.
Werdum é um fã das “voadoras”. Apesar do golpe ter voltado à tona apenas em setembro do ano passado, no UFC 203, quando acertou em cheio o queixo de Travis Browne, o brasileiro já havia feito isso outras duas vezes. Uma aconteceu contra o próprio Overeem, no Pride, em 2006, como citou na entrevista (veja o vídeo abaixo).
A outra, a primeira registrada em vídeo de sua carreira profissional, foi contra Gabriel Gonzaga, o “Napão”, em 2003, ainda pela primeira edição do Jungle Fight (assista abaixo). O golpe desferido assustou o compatriota, que acabou nocauteado por Werdum no terceiro round daquela luta, realizada em Manaus.
ENCONTROS COM OVEREEM
Apesar da voadora sobre o holandês no Pride, Werdum revelou que o movimento foi feito apenas para tentar iludir o rival, já que, naquela época, ele não sabia quase nada do jogo em pé – sua especialidade sem foi o jiu-jítsu.
“A primeira vez que lutei contra ele foi no Pride, e foi bem legal. Eu sabia só jiu-jítsu naquela época, não sabia nada em pé. Até enganei ele um pouco, para ele pensar que eu sabia, mas era só no instinto mesmo. Foi um momento bem especial”, disse. Werdum venceu ainda no primeiro round por finalização.
No segundo encontro, já no Strikeforce, tudo foi diferente. Werdum e Overeem fizeram uma luta chata, principalmente pelo lado do brasileiro, que só queria lutar no chão, em alguns momentos até mesmo implorando para o holandês aceitar o duelo no solo. No fim, sob vaias, os juízes deram a luta para Overeem, que procurou mais o combate.
“Não é uma desculpa, mas aconteceu que eu sofri um overtraining, ou seja, passei do ponto nos treinamentos. O Strikeforce precisou remarcar duas vezes a luta, mas sempre continuei treinando. Fui muito criticado, mas era o que eu tinha para oferecer. Por isso que eu tentei puxar sempre para o chão. Não tinha força de ficar em pé. Foi uma luta feia, muito vaiada... Eu mesmo não gosto de ver ela. Está 1 a 1, agora vamos para a revanche”, explicou o brasileiro.
CAPÍTULO FINAL DA TRILOGIA
Para o próximo sábado, Werdum garante que a cena não se repetirá, já que passou por uma evolução grande e se diz pronto para lutar em qualquer situação com Overeem.
“Dá para lutar em pé com ele também. Estou muito bem no chão, treinando como sempre, sempre procurando melhorar, mas consigo lutar com ele em pé, sim. Vou mostras que estou bem, tanto por cima quanto por baixo. Vamos em busca de uma finalização ou nocaute. A mão dele não me assusta, se dizem que ele tem a mão pesada, eu também tenho, é dos dois lados”, analisou.
EM BUSCA DO CINTURÃO
Werdum é o número um do ranking dos pesos-pesados do UFC. Das últimas oito lutas pela organização, venceu sete, sendo sua única derrota justamente para o campeão Stipe Miocic, na edição 198, realizada na Arena da Baixada, em Curitiba. Para o brasileiro, uma vitória sobre Overeem certamente o colocará novamente frente a frente com o norte-americano com ascendência croata.
“Ganhando essa luta, já vou para o título. Sou o primeiro do ranking. Muitas pessoas disseram que eu deveria ter tido uma revanche imediata contra ele, mas não aconteceu”, disse.
Quando perguntado onde deveria ser essa luta, já que a primeira havia sido em sua casa, Werdum foi direto. “Acho que a revanche teria que ser em Las Vegas. Queria muito que fosse aqui, um lugar neutro, onde poderia me preparar muito bem e ficar totalmente focado para reconquistar o cinturão”, acrescentou o brasileiro, que estava no centro de treinamento do UFC enquanto conversava com a reportagem.
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