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Lyoto levou 7 meses para aceitar doping e diz que volta buscando o cinturão

Alex Trautwig/Getty Images
Imagem: Alex Trautwig/Getty Images

Brunno Carvalho, Leandro Miranda e Vanderson Pimentel

Do UOL, em São Paulo

15/09/2017 04h00

Passados mais de dois anos desde seu último combate, Lyoto Machida está pronto para voltar ao octógono. Aos 39 anos, o baiano radicado no Pará retorna ao UFC depois de cumprir uma punição de 18 meses por doping. E a partir do duelo contra Derek Brunson, o brasileiro inicia sua trajetória pensando em conquistar o cinturão dos médios.

“Não estou voltando a lutar por dinheiro, ou questão de vaidade, para querer aparecer. Não preciso disso. Quero voltar porque eu quero ser campeão. Quero o cinturão, ser campeão. É uma coisa que está em minha mente”, explicou Lyoto, em conversa com o UOL Esporte.

Em abril de 2016, o brasileiro foi flagrado com a substância proibida DHEA, um hormônio esteroide encontrado no suplemento 7-Keto. Machida acabou acusado de negligência pela USADA (agência norte-americana antidopagem) e suspenso por 18 meses.

O ocorrido demorou a ser aceito por Machida. O brasileiro afirma ter levado cerca de sete meses para digerir o ocorrido e começar a pensar no futuro. Apesar disso, a aposentadoria não passou pela cabeça do lutador.

“Não, de forma alguma (se aposentar). Fiquei muito triste com a situação, desapontado com tudo. Foram sete meses para digerir, estava muito relutante com tudo isso. Mas a partir do momento em que comecei a entrar que a realidade era aquela, as coisas começaram a caminhar melhor”.

De olho no futuro e com a punição ficando para trás, Machida diz assumir toda a responsabilidade pelo ocorrido. “Não posso reclamar do UFC, assumo a responsabilidade, eu errei, cometi o erro. Tive que assumir tudo isso, a responsabilidade para dar um novo passo na minha vida”.

O combate entre Lyoto Machida e Derek Brunson encabeçará o UFC São Paulo, que ocorrerá no dia 28 de outubro, no ginásio do Ibirapuera.