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Suspeito de desviar verbas, ex-presidente da CBDA recebe habeas corpus

Coaracy Nunes, presidente da CBDA desde 1988, é alvo de investigação - Celso Pupo/Fotoarena
Coaracy Nunes, presidente da CBDA desde 1988, é alvo de investigação Imagem: Celso Pupo/Fotoarena

Demétrio Vecchioli e Leo Burlá

Do UOL, em São Paulo

27/06/2017 11h01

Ex-presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes Filho recebeu liminar nesta terça-feira (27) para deixar a prisão. Com 79 anos, o ex-mandatário estava preso há pouco menos de três meses por suspeitas de desvio de verbas da entidade. Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga, diretor financeiro da entidade, Ricardo de Moura, superintendente, e Ricardo Cabral, coordenador de polo aquático, também obtiveram habeas corpus.

A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional Federal da Terceira Região (TRF3), que determinou que a liberdade dos envolvidos é condicional: eles não podem ir à sede da CBDA nem entrar em contato com federações, empresas que fazem parte da denúncia ou testemunhas de acusação. Os quatro dirigentes ainda estão detidos, enquanto aguardam os processos burocráticos para soltura. 

Coaracy foi preso em 6 de abril durante a Operação Águas Claras da Polícia Federal, que investiga desvio de verbas públicas que foram repassadas para a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Na ocasião, foram cumpridos ainda cinco pedidos de condução coercitiva e 16 mandados de busca e apreensão.

O Ministério Público Federal de São Paulo ofereceu denúncia à Justiça contra os quatro ex-dirigentes da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Eles foram denunciados por organização criminosa, peculato, licitação fraudulenta e falsidade ideológica de documento público. 

Durante o período de prisão, familiares de Coaracy relataram as dificuldades de saúde apresentadas pelo dirigente: o ex-presidente da CBDA apresentaria estado de demência senil, tomando diariamente um coquetel de 14 remédios e usando cuecas geriátricas.